OMS declara pandemia de coronavírus

Diretor-geral da OMS disse que declaração não muda o que a Organização e os países estão fazendo para "detectar, proteger, tratar e reduzir a transmissão" do novo coronavírus (Sars-Cov-2), causador da doença Covid-19.
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia de Covid-19 nesta quarta (11). Casos, mortes e números de países atingidos devem aumentar, diz OMS sobre o Covid-19 nesta quarta (11).

"A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por esse vírus. Isso não muda o que a OMS está fazendo, nem o que os países devem fazer " - Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS

Também o diretor ressaltou que a declaração não significa que a OMS vá adotar novas recomendações no combate ao vírus.

"A declaração de uma pandemia não é como a de uma emergência internacional - é uma caracterização ou descrição de uma situação, não é uma mudança na situação" - diretor-executivo do programa de emergências da OMS, Michael Ryan.

Ryan também destacou que a OMS reconhece que há um risco a ser evitado com o uso da palavra: as pessoas não devem usar a declaração de pandemia como desculpas para desistir do combate e tentativas de conter a circulação do vírus.

 

Perspectivas de novos casos

De acordo com a OMS, o número de casos, mortes e países afetados deve subir nos próximos dias e semanas. Nas últimas duas semanas, o número de casos fora da China aumentou 13 vezes e o número de países afetados triplicou.

"Pandemia não é uma palavra para ser usada de maneira leviana ou descuidada. É uma palavra que, se mal utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários" - Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS

De acordo com o mais recente balanço do órgão, há mais de 118 mil casos em 114 países e 4.291 pessoas morreram.

"Essa é uma crise que vai afetar todos os setores" - Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS

Foco de ação dos países

De acordo com Tedros, os países precisam preparar respostas em áreas chaves: detectar, proteger, tratar, reduzir a transmissão, inovar e aprender.

Perguntado pelos jornalistas se há recomendação para fechar escolas e fronteiras, o diretor-executivo do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, avaliou que essas decisões têm sido tomadas com base na avaliação de risco dos países.

De acordo com ele, países com número menor de casos não alcançarão grande impacto com medidas de isolamento social.