A gordura no fígado é conhecida na medicina como esteatose hepática. É uma condição onde moléculas de gordura entram e ficam depositadas em nosso fígado. Apresentar um pouco de gordura no fígado é aceitável e ocorre na maioria das pessoas. Porém quando mais de 5% do fígado é composto por gordura temos o quadro clínico de esteatose hepática que requer acompanhamento médico.
Os sintomas da esteatose hepática geralmente surgem quando a doença já está em estágios moderados ou graves. Nos estágios iniciais a pessoa não apresentará nenhum sintoma, e só conseguirá descobrir a presença de esteatose hepática se realizar exames de imagem (como ultrassom de abdome) e/ou exames de sangue. Assim é fundamental identificar pessoas que apresentam maior risco de desenvolver esteatose hepática e realizar os exames descritos acima, caso seu médico considere necessário, para conseguir um diagnóstico precoce deste problema de saúde.
A gordura no fígado quando não tratada adequadamente pode causar inflamação crônica no fígado, e promover o surgimento de complicações graves, onde muitas vezes a única opção de tratamento será o transplante de fígado. Pessoas com esteatose hepática apresentam aumento do tamanho e alteração da coloração do fígado.
A identificação precoce da esteatose hepática e início imediato de tratamento podem regredir o quadro de gordura no fígado, ou pelo menos estabilizá-lo. O tratamento irá depender da gravidade da doença e de características do paciente (idade, presença de outras doenças, medicamentos que utiliza, hábitos de vida, entre outros), e só deve ser realizado com prescrição e acompanhamento médico. Na maioria dos casos não é necessário o uso de medicamentos; apenas mudanças no estilo de vida (como parar de ingerir bebidas alcoólicas, reduzir o consumo de alimentos industrializados com alto teor de gordura, praticar atividade física, entre outros) serão efetivas para tratar a esteatose hepática. Entre os medicamentos utilizados no tratamento desta doença podemos citar a vitamina E, metformina, pioglitazona, orlistat e ômega-3.
No Brasil 18 em cada 100 pessoas que realizam ultrassom de abdome apresentam esteatose hepática. Quer saber se você apresenta risco aumentado para desenvolver esteatose hepática, quais são as estratégias para prevenir o surgimento da esteatose, quais são os sinais e sintomas da esteatose hepática e outras informações sobre esta doença? Basta clicar no link e assistir ao vídeo elaborado por nossa equipe. Veja o vídeo: