Um atleta profissional de remo, Waldonilton de Andrade Reis, de 43 anos, morreu no dia 23 de março deste ano após sofrer um choque anafilático (reação alérgica) decorrente da ingestão de uma abelha durante um treino de ciclismo na orla da praia da Ponta Negra, em Manaus (AM).
De acordo com relatos da família do atleta, ele esperou por muito tempo por um atendimento de primeiros socorros. Waldonilton chegou a ficar cerca de 20 minutos com dificuldade para respirar, o que fez com que seu quadro de saúde se agravasse ainda no local. A família criticou a falta de suporte médico no local, que é muito procurado para atividades de lazer e esporte de alto rendimento em Manaus.
Após o desespero das pessoas para tentar ajudar, um sargento do Corpo de Bombeiros chegou até o local onde Waldonilton estava e conseguiu reanimá-lo. Em seguida, ele foi socorrido para a unidade de saúde mais próxima, o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias, que fica a 8,4 km do local do incidente, no bairro Compensa, Zona Oeste. De lá, o atleta foi encaminhado para o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, na Zona Norte, onde havia uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponível para ele.
Nos primeiros dias de internação, Waldonilton precisou fazer uma bateria de exames que indicavam que ele ainda tinha vida. No entanto, no dia 23 de março, o atleta não apresentou mais sinais vitais e teve a morte cerebral atestada.
A falta de profissionais de saúde no local foi criticada pelos familiares de Waldonilton, que afirmaram esperar que medidas sejam tomadas para que nenhum outro caso semelhante ocorra na região da Ponta Negra.
Adepto ao ciclismo, Waldonilton de Andrade Reis era atleta profissional de remo. Apesar de ser amazonense, ele fazia parte do Esporte Clube Remo, no Pará. Disputando campeonatos pelo clube, ele chegou a ser bicampeão Norte-Nordeste de Remo, em Brasília. Além do remo, ele também fazia parte de um grupo de ciclismo que costumava praticar com os amigos.
A morte de Waldonilton de Andrade Reis é uma triste notícia para a comunidade esportiva do Amazonas e do Pará. A falta de suporte médico em áreas de lazer e prática esportiva pode colocar em risco a vida de muitas pessoas, e é preciso que medidas sejam tomadas para garantir que casos como este não se repitam.