Fiel da Igreja Católica de Ourinhos faz desabafo com a possibilidade da retirada dos freis Agostinianos

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Há algumas semanas surgiu a informação de que os freis da ordem dos Agostinianos Descalços estão deixando a cidade de Ourinhos (SP). Embora a Diocese de Ourinhos não tenha se manifestado oficialmente sobre a situação, as lideranças das comunidades e paróquias envolvidas estão discutindo internamente o assunto, principalmente a Igreja de Santo Antônio, da Vila Odilon, e a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida do Vagão Queimado, no Jardim Matilde.

A decisão teria partido da Diocese de Ourinhos, que não pretende manter os freis, que deverão deixar a cidade, pegando muitos fiéis de surpresa, e agora as comunidades afetadas estão se perguntando quem assumirá a liderança espiritual das paróquias. Alguns temem que a partida dos Agostinianos Descalços possa resultar em um período de incerteza e mudanças desconfortáveis para as comunidades locais.

Até o momento, não se sabe ao certo os motivos que levaram a este desacerto. No entanto, a Diocese de Ourinhos pode se pronunciar oficialmente em breve para esclarecer a situação e garantir que a liderança espiritual das comunidades locais continue forte e unida.

Mas diante desta situação, o fiel Djalma Alvim Ramos, que é frequentador da Igreja de Santo Antônio, fez um desabafo, em que enaltece o trabalho dos frades Agostinianos e lamenta. Confira:

"Não precisamos de elogios, precisamos de gratidão, não para se aparecer, mas para termos ânimos para perseverarmos a sermos importantes naquilo que fazemos. Não é errado se sentir útil, errado é ser hipócrita, somos pessoas, precisamos de reconhecimentos e de incentivos para não desistirmos de caminhar.

Quero com estas palavras dizer aos Frades Agostinianos Descalços parabéns pelos 24 anos de serviços na diocese de Ourinhos.

Quando chegaram aqui, a convite do Bispo Dom Salvador, chegaram para um grande desafio, desafio este, não somente pra cuidar de uma paróquia, mas pra cuidar praticamente de toda diocese. Não tiveram medo, mas sim coragem, eram Frei Calogero, Frei Jurandir e Frei Everaldo, sacerdotes a serviço do povo, a serviço dos movimentos a serviço dos seminaristas. Parabéns para vocês Agostinianos, por fazerem nos apaixonar ainda mais pela nossa Igreja de Cristo, através da vocação dos senhores nos fizeram sermos devotos de Santo Agostinho, Santa Mônica e Santa Rita de Cássia. Parabéns meus queridos pela dedicação, carinho e entrega aos movimentos do TLC, Cursilho, Equipe de Nossa Senhora, Tenda, RCC, Jad e outros.

Parabéns meus queridos pelos trabalhos feitos em todas as pastorais, parabéns meus amados por serem obediente a ordem e ao Bispo, parabéns por não dizerem não aquém precisasse de apenas uma palavra. Parabéns por não terem preguiça de atenderem confissões nos encontros de todos os cursos dos movimentos, parabéns por servirem e serem párocos em tantas paróquias da nossa Diocese e foram muitas, parabéns pelas tantas reformas nos prédios paroquiais incluindo não só as igrejas como também salas de catequeses e salões de festas, em especial a belíssima Capela Santa Maria construída através do Frei Luiz Tirloni.

Recordo quando aqui chegaram fizeram da casa paroquial um seminário, sim o seminário agostiniano era na casa paroquial, uma casa com três quartos abrigou mais de 25 seminaristas, e foi assim que começaram, mas a luta de construir um prédio apropriado para ser seminário foi grande, e juntamente com a comunidade ourinhense foram feitas inúmeras campanhas e festas para arrecadação de dinheiro para a construção, e foi construído e um sonho realizado. Dali foram ordenados diversos padres, inclusive padres diocesanos que fizeram filosofia.

Parabéns agostinianos por nos deixarem suas portas sempre abertas não só aqui em Ourinhos, mas em todos os lugares, como no Rio de Janeiro, Nova Londrina, Ampere, Toledo, Colider, Assuncion, Iguazu, Camarões, Filipinas, Sicília e Roma.

Ouvi dizer que estão sendo convidados ou obrigados a irem embora, eu conto sempre uma historinha do vaga-lume, “Era uma vez um vaga-lume que era perseguido por uma cobra, o vaga-lume resolveu falar com a cobra: Senhora cobra eu faço parte da sua raça? A cobra respondeu: não, outra pergunta: Senhora cobra eu fiz algum mal para ti ou para tua família? A cobra respondeu: não. O vaga-lume faz uma última pergunta: Então porque me persegues? A cobra lhe responde: A sua luz me incomoda, a sua luz me provoca um sentimento de inveja”.

“Um dia Jesus chamou um povo que se achavam dono do templo de raças de víboras e hipócritas”.

Obrigado meus queridos agostinianos por serem sempre vaga-lumes e nos mostram os caminhos iluminados pela luz de Cristo. Domingo de Ramos Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém humildemente montado num burrinho e é isso que fizeram, levaram Jesus a todos, sempre com muita dedicação e humildade".