A Riachuelo enfrentou críticas contundentes após o lançamento de um conjunto de roupas que, segundo internautas, lembrava os uniformes usados nos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. As peças consistiam em uma camisa e calça listradas nas cores branca e azul, que foram imediatamente associadas aos trajes impostos aos judeus na época.
Uma das críticas que mais ganhou repercussão veio da especialista em cultura material e consumo, semiótica psicanalítica da USP, Maria Eugênya, cuja postagem nas redes sociais recebeu mais de 111 mil curtidas e 7 mil compartilhamentos. Em sua publicação, ela enfatizou a importância de conhecer a história e acusou a empresa de colocar "o uso estético acima de crítica ou memória histórica", classificando tal atitude como "puro cinismo".
Após a polêmica, a Riachuelo emitiu um comunicado pedindo desculpas pelo incidente. A empresa esclareceu que não teve a intenção de fazer qualquer alusão a um período histórico que violou os direitos humanos e reconheceu que a escolha do modelo das peças e da cartela de cores foi "realmente uma infelicidade". Além disso, a empresa informou que todas as peças estão sendo retiradas de suas lojas físicas e do e-commerce.
Tá faltando aula de História - e noção, pros estilistas da Riachuelo. pic.twitter.com/bmqxlXuTus
— Maria Eugênya 🐆 (@myapacioni) September 10, 2023
Veja o posicionamento da Riachuelo na íntegra:
"Nós, da Riachuelo, prezamos pelo respeito por todas as pessoas, e esclarecemos que, em nenhum momento, houve a intenção de fazer qualquer alusão a um período histórico que feriu os direitos humanos de tanta gente.
A escolha do modelo das peças e da cartela de cores realmente foi uma infelicidade, e gostaríamos de reforçar que todas as peças já estão sendo retiradas das nossas lojas e e-commerce.
Entendemos a sensibilidade do assunto, agradecemos o alerta trazido pelos nossos consumidores e pedimos desculpas a todas as pessoas que se sentiram ofendidas pelo que o produto possa ter representado."