Mais de 7 anos após assassinato de jovem em estacionamento de faculdade, acusado vai a Júri Popular nesta quinta-feira, 5, em Ourinhos

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O julgamento de Arthur José Nogueira, acusado de ser o autor do assassinato de Eiji Marvulle Nagae, ocorrido em 1º de abril de 2016, terá início nesta quinta-feira, 5 de outubro de 2023, às 13h, no Fórum de Ourinhos. O crime ganhou repercussão nacional e foi divulgado por diversos veículos de comunicação na época.

O terrível incidente aconteceu no estacionamento da Faculdade Estácio de Sá, localizada na Avenida Luiz Saldanha Rodrigues, no bairro Nova Ourinhos, onde Eiji Marvulle Nagae, de 22 anos, foi baleado fatalmente. Na ocasião, dois homens em uma moto se aproximaram rapidamente de Eiji, sendo Arthur José Nogueira, que tinha 24 anos, na garupa e João Paulo Oliveira da Silva, que tinha 22 anos, como piloto. Arthur sacou um revólver e disparou três tiros contra Eiji, que acabou não resistindo aos ferimentos.

Eiji Marvulle Nagae era amante de motovelocidade (Foto: Reprodução)

As investigações iniciais exploraram várias hipóteses, incluindo a possibilidade de um roubo mal-sucedido, vingança por dívidas, ou conexões com o tráfico de drogas. Entretanto, à medida que a apuração avançou, a verdade emergiu: Arthur e Eiji faziam parte do mesmo grupo de amigos, mas havia uma rixa entre eles devido a um suposto assédio de Arthur à namorada de Eiji. Arthur recrutou João Paulo e outros dois indivíduos para executar seu plano.

Jovem estava em uma moto quando foi atingido por tiros (Foto: TV TEM/Arquivo)

Em 2018, João Paulo foi julgado e condenado a 6 anos de prisão como cúmplice do crime. No entanto, alguns consideraram a pena branda diante da gravidade do caso, e João Paulo obteve liberdade condicional após cumprir dois anos de sua sentença devido ao tempo já passado na prisão.

Acusado de participar da morte de universitário foi condenado a 6 anos de prisão, mas já está em liberdade em Ourinhos  (Foto: Alisson Negrini/TV TEM)

A defesa de Arthur utilizou diversas estratégias para adiar o julgamento, incluindo pedidos de desaforamento, exame de sanidade mental e até ausência do advogado em uma sessão marcada, o que levou ao cancelamento do julgamento. Durante a pandemia da Covid-19, Arthur conseguiu liberdade condicional após mais de cinco anos de prisão temporária, alegando excesso de prazo e risco sanitário.

Arma usada no crime em Ourinhos foi apreendida  (Foto: TV TEM/Arquivo)

Agora, mais de sete anos após o assassinato de Eiji, Arthur José Nogueira enfrenta o Júri Popular. Sua advogada, Dra. Daniela Apar Palosqui de Barros Burati, expressou a expectativa de que um julgamento justo e imparcial resultará em justiça sendo feita, ressaltando a importância do Tribunal do Júri como um direito fundamental dos cidadãos.