Cobertura de Centro de Transbordo de Ourinhos vai mais que triplicar orçamento inicial da obra

Superintendência de Água e Esgoto (SAE) quer liberação de R$1.150.000,00 no orçamento da autarquia para implantação de uma cobertura no CTO – Centro de Transbordo de Resíduos Sólidos de Ourinhos, que segundo a Prefeitura já estava pronta para entrar em funcionamento. Obra custou R$462.014,55 dos cofres públicos. SAE alega exigência da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB.
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Consta na pauta da sessão da Câmara Municipal de Ourinhos, desta segunda-feira, 27, dois projetos de Lei, o nº 23 e nº24 de 2020, ambos de autoria do prefeito Lucas Pocay (PSD), que alteram dispositivos tanto do Plano Plurianual, como das Diretrizes Orçamentárias do exercício financeiro 2020 da SAE e pede a abertura de Crédito Adicional Especial no valor de R$ 1.150.000,00  (Um milhão, cento e cinquenta mil reais) para implantação de uma cobertura no CTO – Centro de Transbordo de Resíduos Sólidos de Ourinhos, localizado na Água do Pinho, área rural do município.

De acordo com a SAE, a cobertura é uma exigência da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, para que não haja contato de aves e animais com os resíduos sólidos domiciliares temporariamente armazenados no local.

Prefeitura informou que obra estava terminada (Foto: Divulgação)

O que chama a atenção é que essa implantação vai mais que triplicar o valor inicial da obra, que custou R$462.014,55, passando a custar com o incremento da cobertura R$1.612.014,55.  

Em fevereiro, a Prefeitura de Ourinhos havia informado que o CTO estava pronto e, com isso, o aterro sanitário atual, que está completamente irregular, deixaria de funcionar.

“A plataforma para descarregamento do lixo foi finalizada e, a partir de agora, todo lixo coletado será despejado em containers e, diariamente transportado por empresa especializada para cidades que possuem aterro sanitário licenciado. Simultaneamente às obras da Central de Transbordo, a Prefeitura fez melhorias na Estrada do Pinho, a via que dá acesso ao local, para facilitar o tráfego dos veículos de transporte de lixo”, disse a Prefeitura na época que previa o inicio da operação do transbordo no começo de março, o que não aconteceu.

Mas fica claro que a pressa, não apenas foi inimiga da perfeição, como vai gerar um alto custo aos cofres públicos em Ourinhos, pois ao realizar tal obra, por que não consultou a CETESB antes sobre as tais exigências? Provando o mal uso do dinheiro público.

Confira abaixo o orçamento da nova obra: