O prefeito de Ourinhos, Lucas Pocay (PSD), após anunciar em entrevista a Rádio Band FM de Santa Cruz do Rio Pardo, afirmou que Ourinhos vai regressar a fase vermelha, por pelo mesmo 7 dias, após um novo decreto que deverá ser publicado ainda hoje (12), publicou em suas redes sociais que está seguindo uma recomendação do MP (Ministério Publico do Estado de São Paulo), que orientou “o endurecimento das medidas restritivas e o regresso à fase vermelha do Plano SP. Caso a orientação não seja seguida, o Poder Executivo poderá ser judicialmente penalizado”. Na postagem ele complementa ainda:
“A recomendação considera o aumento expressivo de casos registrados no município, a alta taxa de ocupação dos leitos hospitalares, falta de vagas na UTI, além da falta de conscientização da população em relação a importância das medidas preventivas.
Na fase vermelha, só podem funcionar os serviços considerados essenciais nas áreas de abastecimento, segurança, transporte e saúde como mercados, farmácias, postos de combustível, padarias e lavanderias.
Com essa volta à fase vermelha, shoppings, bares, comércio de rua, academias, restaurantes, concessionárias, escritórios, eventos culturais e salões de beleza não poderão funcionar nestes dias”.
Já o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos, Robson Martuchi disse ao Passando a Régua, na tarde desta terça-feira, 12, não entender a decisão do prefeito Lucas Pocay. Martuchi disse que não tem lógica fechar o comércio de Ourinhos, enquanto que cidades da mesma região, como Marília e Assis, irão manter o funcionamento.
“Nós estamos em uma região que engloba vários municípios, como Marília e Assis, que estão na mesma situação, com dificuldade em obtenção de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e vão manter a atividade econômica. Porque atividade econômica são ambientes controlados, onde as pessoas são obrigadas a usar máscaras, álcool em gel e manter o distanciamento. Não se justifica fechar! Vai mandar essas pessoas para casa e com isso vai aumentar os números. Já está provado que 'lockdown’ piora o quadro, traz mais contagio do que atividade econômica funcionando”, destacou Martuchi, que afirmou que está contra todos os órgãos governamentais da cidade, que decidiram pelo fechamento neste Comitê Gestor de Crise da Pandemia de Ourinhos, que não conta com representantes do comércio.
“A Associação Comercial de Ourinhos está contra todos os órgãos governamentais instaurados na cidade, porque eles são a favor do fechamento. Eles não pensam nos comerciantes, que pagam os impostos, usados para manutenção de todo estado”, desabafou.
Robson aguarda a publicação do novo decreto e deverá agir firmemente contra a decisão que vai prejudicar muito a economia local.
Alguns municípes já iniciram uma campanha contra o fechamento do comércio e já estão divulgando uma carreata, que acontecerá amanhã, 13, a partir das 17h, com saída da Avenida Luiz Saldanha Rodrigues.
Serviços Essenciais que deverão manter funcionamento:
I- postos de combustíveis, excetos lojas de conveniência;
II- casas lotéricas,
III- oficinas mecânicas autopeças,
IV- supermercados, mercados, mercearias, devendo limitar o ingresso de pessoas dentro do estabelecimento ao dobro de funcionários no turno em atendimento ao público e tempo de permanência máxima de 20 (vinte) minutos, não excedendo a 150 clientes, a fim de evitar aglomeração no interior do estabelecimento, cabendo também a obrigação de evitar aglomerações na parte externa do empreendimento, sendo responsáveis pela organização e controle de filas com marcação no solo, com espaçamento de 2 (dois) metros entre as pessoas;
V- açougues,
VI- farmácias,
VII- hospitais, assistência à saúde, incluídos os serviços médicos e hospitalares;
VIII- clínicas médicas e veterinárias;
IX- restaurante, lanchonetes, panificadoras, confeitarias, food truck e sorveteria, somente para atendimento no sistema drive thru e delivery, sendo vedado o consumo no local, devendo ser retiradas as mesas e cadeiras;
X- serviços públicos, telecomunicações e internet.
Atividades que deverão ser proibidas:
I- imobiliárias;
II- concessionárias e lojas de veículos;
III- escritórios em geral;
IV- comércio em geral (Somente Delivery)
V- shopping centers, galerias e estabelecimentos congêneres; (Somente Delivery)
VI- estabelecimentos comerciais varejistas; (Somente Delivery)
VII- casas noturnas, boates e similares;
VIII- academias de ginástica;
IX- teatros, cinemas;
X- casas de eventos;
XI- clubes esportivos e recreativos, associações recreativas e afins;
XII- playgrounds, salões de festas;
XIII- bares, botecos, adegas e botequins;
XIV- agências bancárias, excetuando-se o autoatendimento;
XV- salões de beleza e barbearias;
XVI- igreja e templos religiosos;
XVII- áreas comuns dos condomínios e hotéis;
XVIII- feiras;
XIX- instituições financeiras;
XX- cursos livres.
Confira o comentário de Gera Laperuta sobre a polêmica: