Por nove a três, a maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Ourinhos aprovaram, na noite desta segunda-feira, 5, o projeto de Lei Complementar 08/2021, de autoria do prefeito Lucas Pocay (PSD), que cria duas novas secretarias (Inclusão e Planejamento), chegando ao número de 18 no total e de quebra uma "penca" de 123 cargos comissionados. Lembrando que o prefeito Lucas foi obrigado pela justiça a exonerar 94 comissionados ilegais e agora com este novo projeto, grande parte poderá retornar à Prefeitura de Ourinhos e continuar “mamando na teta” do dinheiro público.
Com o discurso populista e apelativo, de que o projeto promoverá a Inclusão, nove vereadores da base do prefeito, presentes na sessão, disseram sim para a proposta. O presidente da Câmara, Santiago de Lucas Ângelo (DEM) não votou e Raquel Spada (PSD) e Carlinhos do Sindicato (MDB) estão internados na Santa Casa de Ourinhos, se recuperando da Covid-19.
Disseram sim ao projeto os vereadores:
- Alexandre Araújo Dauage “Alexandre Zóio” (Republicanos)
- Alexandre Florencio Dias “Alexandre Enfermeiro” (PSD)
- Anísio Aparecido Felicetti (PP)
- Éder Júlio Mota (MDB)
- Fernando Rosini “Furna Beco da Bola” (DEM)
- Giovanni Gomes de Carvalho “Gil Carvalho” (PL)
- Luiz Donizetti Bengozi “Borjão” (PSD)
- Nilce Araujo Garcia “Nilce Protetora dos Animais” (PSD)
- Valter do Nascimento “Latinha” (PP)
Disseram não:
- Cícero de Aquino “Investigador” (Republicanos)
- Guilherme Gonçalves (Podemos)
- Roberta Stopa “Roberta do Enfrente” (PT)
A vereadora Roberta Stopa (PT) ainda apresentou uma emenda modificativa ao projeto de Lei Complementar 08/2021, para que a secretaria de Inclusão fosse alterada para a secretaria de “Inclusão e Diversidade”, para uma maior abrangência, com o atendimento ao público, feminino, LGBTQIA+ e a população negra de Ourinhos, mas a emenda foi recusada pelos vereadores, com a justificativa de que não é de competência da Câmara alterar a matéria de competência exclusiva do Executivo. Confira a discussão do projeto na íntegra no vídeo abaixo (a partir de 1h45m):
Se a Lei for sancionada pelo prefeito e todos os cargos forem nomeados, a Prefeitura de Ourinhos terá que desembolsar todos os meses, em plena pandemia, o valor de mais de R$700 mil, para bancar os salários do prefeito (R$16.850,00), vice-prefeito (R$8.934,00), 18 secretários (R$160.812), 18 secretários-adjuntos (R$111.600) e mais 87 cargos (R$420.500), entre diretores, assessores e chefes deles mesmos. O valor total de toda essa "farra", que é paga com os nossos impostos, será de R$718.796,00 mensais. Isso sem contar os valores gastos com as FCs (Funções de Confiança) e toda a estrutura de cargos de diretores e coordenadores da rede Municipal de Ensino, o que faz facilmente os valores quase que triplicar. De acordo com o Observatório Social, Ourinhos gasta mensalmente com toda essa estrutura de cargos mais R$3 milhões.