Aluno morto durante ataque com faca em escola será sepultado nesta quarta-feira no RS

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A cidade de Estação, no norte do Rio Grande do Sul, vive um dia de comoção nesta quarta-feira (9) com o velório e sepultamento do menino Vitor André Kungel Gambirazi, de apenas 9 anos, que morreu após ser esfaqueado durante um ataque dentro da Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, na manhã de terça-feira (8).
O velório teve início ainda na tarde de terça-feira, na Capela Velatória Gruber, em Getúlio Vargas, cidade vizinha onde Vitor será sepultado. A cerimônia de despedida está marcada para as 14h, seguida do sepultamento no Cemitério Municipal de Getúlio Vargas.

O crime chocou a população local. Um adolescente de 16 anos, que fazia acompanhamento psiquiátrico há mais de um ano, invadiu a escola armado com uma faca e atacou alunos e uma professora. Segundo a Polícia Civil, Vitor foi atingido nas costas dentro da sala de aula e não resistiu aos ferimentos.

Outras duas alunas de 8 anos também foram esfaqueadas. Uma delas já recebeu alta hospitalar, enquanto a outra passou por cirurgia e permanece internada em estado estável. A professora de 34 anos, que tentou conter o agressor, foi levada ao Hospital Santa Terezinha, em Erechim, e também está fora de perigo.

A escola, que atende 152 alunos do ensino fundamental, teve as aulas suspensas por tempo indeterminado. A prefeitura de Estação anunciou a criação de um espaço de acolhimento com psicólogos e assistentes sociais para atender estudantes e familiares.

Em nota, a administração municipal lamentou o ocorrido e informou que toda a equipe da educação está mobilizada para prestar apoio às vítimas e à comunidade escolar.

“Estamos com toda a nossa equipe mobilizada, prestando apoio e assistência contínua a todas as famílias e à comunidade escolar neste período”, diz o comunicado oficial.

O autor do ataque foi imobilizado por populares e apreendido pela polícia minutos depois. Segundo o prefeito, o jovem teria entrado pela porta principal da escola alegando que entregaria um currículo. Após pedir para usar o banheiro, invadiu a sala de aula e iniciou os ataques.

O Ministério Público solicitou à Justiça a internação provisória do adolescente, que deve responder por atos infracionais análogos aos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. A Polícia Civil investiga o caso e tenta apurar as motivações por trás da tragédia.

O ataque gerou comoção em todo o estado e levanta novamente o debate sobre segurança em ambientes escolares e a saúde mental de adolescentes.