Assembleia Legislativa do Paraná aprova projeto de terceirização da gestão de escolas públicas em 1º turno

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Nesta segunda-feira, 3, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou, por 39 votos a 13, o projeto de lei do governo estadual que propõe a terceirização da gestão de escolas públicas. A votação ocorreu em regime de urgência, apenas uma semana após a apresentação da proposta pelo governo.

Devido à invasão do plenário por manifestantes contrários à medida, a Mesa Diretora decidiu realizar a sessão de forma remota. Durante a sessão, os parlamentares contrários ao projeto pediram a retirada da pauta, mas o requerimento foi negado por 39 votos contra e 11 a favor. Cinco deputados, todos opositores, tiveram a chance de se manifestar, criticando fortemente a proposta.

Como votou cada deputado:

Contra (13 votos)
  • Ana Júlia (PT)
  • Arilson (PT)
  • Cristina Silvestri (PSDB)
  • Dr. Antenor (PT)
  • Evandro Araújo (PSD)
  • Goura (PDT)
  • Luciana Rafagnin (PT)
  • Mabel Canto (PSDB)
  • Ney Leprevost (União)
  • Professor Lemos (PT)
  • Renato Freitas (PT)
  • Requião Filho (PT)
  • Tercílio Turini (PSD)

 A favor (39 votos):
  • Adão Fernandes Litro (PSD)
  • Alexandre Amaro (Republicanos)
  • Alexandre Curi (PSD)
  • Alisson Wandscheer (Pros)
  • Anibelli Neto (MDB)
  • Artagão Júnior (PSD)
  • Bazana (PSD)
  • Batatinha (MDB)
  • Cantora Mara Lima (Republicanos)
  • Cloara Pinheiro (PSD)
  • Cobra Repórter (PSD)
  • Delegado Jacovós (PL)
  • Delegado Tito Barichello (União Brasil)
  • Denian Couto (Podemos)
  • Do Carmo (União Brasil)
  • Douglas Fabrício (Cidadania)
  • Fabio Oliveira (Podemos)
  • Flavia Francischini (União Brasil)
  • Gilson de Souza (PL)
  • Gugu Bueno (PSD)
  • Hussein Bakri (PSD)
  • Luis Corti (PSB)
  • Luiz Fernando Guerra (União Brasil)
  • Marcel Micheletto (PL)
  • Marcelo Rangel (PSD)
  • Marcio Pacheco (Republicanos)
  • Maria Victoria (PP)
  • Marli Paulino (Solidariedade)
  • Matheus Vermelho (PP)
  • Moacyr Fadel (PSD)
  • Paulo Gomes Da TV (PP)
  • Ricardo Arruda (PL)
  • Romanelli (PSD)
  • Samuel Dantas (Pros)
  • Secretária Márcia (PSD)
  • Soldado Adriano José (PP)
  • Thiago Bührer (União Brasil)
  • Tiago Amaral (PSD)
  • Nelson Justus (União Brasil)
Discussões e reações

Os deputados Renato Freitas (PT) e Ana Júlia (PT) destacaram preocupações sobre a intervenção do governo na parte pedagógica das escolas. A deputada Mabel Canto (PSDB) criticou a falta de consulta aos professores e servidores. O deputado Arilson Chiorato (PT) questionou a constitucionalidade do projeto e a omissão de detalhes financeiros.

Após a aprovação em 1º turno, a matéria seguiu para uma sessão extraordinária para a apresentação de emendas. O projeto recebeu 13 emendas, das quais 9 foram rejeitadas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), liderada pelo deputado Hussein Bakri (PSD). As restantes foram consolidadas em uma subemenda substitutiva geral.
Os deputados Arilson Chiorato (PT), Requião Filho (PT) e Mabel Canto (PSDB) solicitaram mais tempo para analisar o parecer, resultando na convocação de uma nova sessão para esta terça-feira.
 
Detalhes do projeto
O projeto de lei propõe que a gestão administrativa e de infraestrutura de 204 colégios estaduais seja transferida à iniciativa privada, por meio do programa "Parceiro da Escola". O governo assegura que as propostas serão submetidas a consulta pública antes da finalização dos contratos. A parte administrativa será gerida por empresas especializadas, enquanto os professores e outros servidores serão mantidos, sujeitos a critérios e metas estabelecidos pelos novos gestores.
 
Exceções
O modelo de terceirização não será aplicado em escolas de ilhas, aldeias indígenas, comunidades quilombolas, da Polícia Militar, unidades prisionais, escolas em prédios privados cedidos ou alugados por instituições religiosas e escolas do Programa Cívico-Militar.