Autor de homicídio de PM em Santos é identificado: SSP-SP oferece recompensa por informações

Japa do Crime, viúva de chefe de facção executado, é presa no litoral de SP com mais de R$ 1 milhão.
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Durante uma coletiva de imprensa, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e o delegado geral do estado, anunciaram a identidade do suspeito de matar o policial militar da Rota, Samuel Wesley Cosmo, em Santos (SP). O procurado é Kaique Coutinho do Nascimento, conhecido como 'Chip', um jovem de 21 anos que está foragido da Justiça.

Derrite informou que 'Chip' é alvo da polícia por atirar no policial durante um patrulhamento na Praça José Lamacchia, no bairro Bom Retiro, em Santos. O secretário divulgou uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem à prisão do suspeito.

O suspeito, apelidado de 'Chip', possui antecedentes criminais por tráfico de drogas, incluindo registros quando era menor de idade. "Ele está foragido, e chamo a população para colaborar conosco. O prazo [para o fim da Operação Verão] é indeterminado, mas vamos capturá-lo", destacou Derrite.

PM da Rota Samuel Wesley Cosmo (à esq.) morreu após ser baleado por Kaique Coutinho do Nascimento, o 'Chip' (à dir.) — Foto: Reprodução e Divulgação/Polícia Civil

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) incentivou a população a compartilhar qualquer informação sobre o paradeiro de Kaique por meio do Programa de Recompensa, oferecendo uma gratificação de R$ 50 mil ao denunciante, caso a informação contribua para a prisão do suspeito.

O Programa de Recompensa, instituído pelo decreto 46.505, de 21 de janeiro de 2022, permite que a população faça denúncias anônimas pelo telefone 181 ou pelo site WebDenuncia. Caso a denúncia seja confirmada, o denunciante recebe um número de protocolo e pode acompanhar o andamento do caso. A recompensa pode ser retirada por meio de um cartão bancário virtual sem necessidade de identificação.

Policiais militares Marcelo Augusto da Silva, Samuel Wesley Cosmo e José Silveira dos Santos, mortos na Baixada Santista (SP) — Foto: Reprodução/Redes Sociais e g1 Santos

Este episódio se soma a recentes casos de morte de policiais na região, ressaltando a preocupação com a segurança pública. O policial militar Marcelo Augusto da Silva foi morto na rodovia dos Imigrantes, em Cubatão, no dia 26 de janeiro, enquanto o policial da Rota Samuel Wesley Cosmo faleceu em Santos, no dia 2 de fevereiro, durante um patrulhamento de rotina.

'Japa do Crime', viúva de chefe de facção executado, é presa no litoral de SP com mais de R$ 1 milhão

Viúva de chefe de facção executado é presa por lavagem de dinheiro no litoral de SP — Foto: Divulgação/Polícia Civil e Reprodução

A Polícia Civil prendeu Karen de Moura Tanaka Moris, também conhecida como 'Japa do crime', suspeita de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, para a principal facção criminosa do estado. O g1 apurou, nesta sexta-feira (9), que ela é viúva de Wagner Ferreira da Silva, o 'Cabelo Duro', um dos chefes da organização executado a tiros em 2018.

O anúncio da prisão de Karen foi feito durante entrevista coletiva realizada pelo secretário de segurança pública do estado, Guilherme Derrite, e pelo delegado geral de São Paulo, Artur José Dian, na sede do Comando de Policiamento do Interior Seis (CPI-6), em Santos (SP).

Segundo Dian, as investigações iniciadas em junho de 2023 apontam 'Japa' como uma das principais responsáveis pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas para a facção na Baixada Santista.

A mulher foi detida no apartamento dela no bairro Tatuapé, na capital paulista. No local, a polícia apreendeu R$ 1 milhão e 50 mil dólares [cerca de R$ 249 mil na cotação atual] em dinheiro, além de um veículo da marca Audi.

"Ela fazia a lavagem de dinheiro através de diversas empresas de 'laranjas'. Pegava esse dinheiro e o fazia circular. Os relatórios de informações financeiras levam a milhões de reais", explicou o delegado geral.

Ainda de acordo com Dian, foram cumpridos três mandados de busca, sendo um em uma residência em Bertioga (SP), outro em um escritório virtual que era utilizado por 'Japa' para fazer os acordos de lavagem de dinheiro, e o último no apartamento dela no bairro Tatuapé, em São Paulo.

Viúva de chefe de facção executado é presa por lavagem de dinheiro no litoral de SP — Foto: Matheus Croce/TV Tribuna