O deputado federal André Janones (Avante-MG) teve seu mandato suspenso por 90 dias pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados após proferir ofensas homofóbicas contra o também deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), durante uma sessão no plenário realizada no último dia 9 de julho. A punição foi determinada de forma cautelar, com trâmite mais ágil do que as representações comuns no Conselho de Ética.
A medida foi motivada por um episódio de bate-boca no plenário, no qual Janones se referiu a Nikolas de forma irônica como “Nikole”, o que foi interpretado como uma ofensa homofóbica. O próprio Janones, no entanto, negou que tenha praticado homofobia e alegou que apenas tratou o parlamentar como ele teria “se identificado” em um discurso anterior.
Janones fazia alusão a uma fala de Nikolas proferida em 2023, durante o Dia Internacional da Mulher, quando o deputado do PL usou peruca na tribuna da Câmara e declarou, em tom de deboche: “Hoje, me sinto mulher. Deputada, Nikole.”
Em sua defesa, Janones disse que, enquanto Nikolas não se retratar, continuará utilizando o nome “Nikole” em suas falas. “Até que ele peça desculpas ou fale que não é mais a Nikole, todas as vezes que me refiro a ele, eu o trato no gênero feminino, como ele mesmo se apresentou”, afirmou.
O relator do caso, deputado Fausto Santos Jr. (União-AM), rebateu os argumentos da defesa, afirmando que Janones quebrou o decoro parlamentar. “O uso dessas expressões como insulto reforça estigmas históricos e normaliza o preconceito, algo incompatível com o ambiente institucional da Câmara”, disse.
A representação contra Janones foi movida pela própria Mesa Diretora da Câmara, o que também ocorreu recentemente no caso do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), que ofendeu a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
Janones denuncia agressões
Após o episódio, André Janones afirmou ter sido agredido por deputados do PL nos corredores da Câmara. Segundo ele, cerca de 12 parlamentares o cercaram, desferindo chutes e apalpadas em suas partes íntimas. “Comecei a levar chutes fortes, pela frente e por trás. Eles me apalparam, pegaram no meu pênis. Está tudo gravado”, relatou.
O deputado informou que apresentou uma representação ao Conselho de Ética, anexando um vídeo com oito minutos de imagens que, segundo ele, comprovariam as agressões sofridas. A defesa do parlamentar também alegou que ele foi alvo de agressões verbais de cunho homofóbico.
O caso segue em apuração e deverá ser analisado tanto no âmbito do Conselho de Ética quanto por outras instâncias da Câmara.
A medida foi motivada por um episódio de bate-boca no plenário, no qual Janones se referiu a Nikolas de forma irônica como “Nikole”, o que foi interpretado como uma ofensa homofóbica. O próprio Janones, no entanto, negou que tenha praticado homofobia e alegou que apenas tratou o parlamentar como ele teria “se identificado” em um discurso anterior.
Janones fazia alusão a uma fala de Nikolas proferida em 2023, durante o Dia Internacional da Mulher, quando o deputado do PL usou peruca na tribuna da Câmara e declarou, em tom de deboche: “Hoje, me sinto mulher. Deputada, Nikole.”
Em sua defesa, Janones disse que, enquanto Nikolas não se retratar, continuará utilizando o nome “Nikole” em suas falas. “Até que ele peça desculpas ou fale que não é mais a Nikole, todas as vezes que me refiro a ele, eu o trato no gênero feminino, como ele mesmo se apresentou”, afirmou.
O relator do caso, deputado Fausto Santos Jr. (União-AM), rebateu os argumentos da defesa, afirmando que Janones quebrou o decoro parlamentar. “O uso dessas expressões como insulto reforça estigmas históricos e normaliza o preconceito, algo incompatível com o ambiente institucional da Câmara”, disse.
A representação contra Janones foi movida pela própria Mesa Diretora da Câmara, o que também ocorreu recentemente no caso do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), que ofendeu a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
Janones denuncia agressões
Após o episódio, André Janones afirmou ter sido agredido por deputados do PL nos corredores da Câmara. Segundo ele, cerca de 12 parlamentares o cercaram, desferindo chutes e apalpadas em suas partes íntimas. “Comecei a levar chutes fortes, pela frente e por trás. Eles me apalparam, pegaram no meu pênis. Está tudo gravado”, relatou.
O deputado informou que apresentou uma representação ao Conselho de Ética, anexando um vídeo com oito minutos de imagens que, segundo ele, comprovariam as agressões sofridas. A defesa do parlamentar também alegou que ele foi alvo de agressões verbais de cunho homofóbico.
O caso segue em apuração e deverá ser analisado tanto no âmbito do Conselho de Ética quanto por outras instâncias da Câmara.





