O corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, foi sepultado na tarde desta sexta-feira (4) no Cemitério Parque da Colina de Pendotiba, em Niterói (RJ), cidade onde ela morava. A jovem morreu após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, e o corpo só foi resgatado quatro dias após o acidente.

Manoel Marins, pai de Juliana — Foto: Rafael Nascimento/g1 Rio
O velório ocorreu no mesmo cemitério, com a primeira parte, das 10h às 12h, aberta ao público para despedidas, e a segunda, das 12h30 às 15h, restrita a familiares e amigos próximos. A família optou pelo sepultamento, apesar de uma autorização judicial para a cremação. Segundo o pai da publicitária, Manoel Marins, a decisão foi revista para permitir uma eventual exumação futura, caso necessário.
“Vocês não sabem o que estou sentindo por dentro”, disse Manoel, emocionado. Ele criticou duramente a estrutura de segurança nas trilhas do parque indonésio e apontou negligência por parte do guia que acompanhava a filha no momento do acidente.
Críticas à Indonésia e agradecimentos aos voluntários
Manoel relatou que, ao contrário do que ocorre em trilhas brasileiras, como na Chapada Diamantina, onde há cordas e guias experientes nos trechos perigosos, a trilha no Rinjani não oferecia suporte adequado. Segundo ele, a situação se agravou com o despreparo do guia que, conforme relatos, teria saído para fumar no momento da queda de Juliana.
“Trata-se de despreparo, descaso com a vida humana e precariedade dos serviços daquele país. A Indonésia vive do turismo e precisa rever seus protocolos para que outras Julianas não percam a vida”, declarou.
O pai agradeceu aos voluntários indonésios, que conseguiram alcançar o corpo da filha a 600 metros de altitude — um trecho que nem a Defesa Civil local conseguiu atingir, segundo ele.
Investigações e laudos
A morte de Juliana está sendo investigada e dois exames de autópsia foram realizados: o primeiro em Bali, logo após o resgate do corpo, e o segundo já no Brasil, a pedido da Defensoria Pública da União.
O laudo feito em Bali apontou múltiplas fraturas e lesões internas, com morte em até 20 minutos após o impacto. Segundo o legista indonésio, Juliana não sofreu hipotermia. A família, no entanto, criticou a forma como esse resultado foi divulgado, em coletiva de imprensa antes mesmo de os parentes receberem o laudo pessoalmente.
“Caos e absurdo”, disse Mariana Marins, irmã da vítima. “Minha família foi chamada ao hospital para receber o laudo, mas o médico resolveu falar primeiro à imprensa. É absurdo atrás de absurdo.”
O laudo brasileiro, realizado em 2 de julho, deve ficar pronto nos próximos dias. A família afirma que aguarda esse documento para avaliar possíveis ações judiciais por negligência.
Comoção em Niterói
Durante o velório, diversas pessoas que conheciam Juliana ou acompanharam o caso prestaram homenagens. O bombeiro hidráulico Carlos Antônio de Souza esteve no cemitério: “Vi o caso na TV e vim prestar apoio. Estava torcendo pelo resgate.”
Já o ambulante Marcos Aurélio Francisco Lopes, conhecido como Marcão, lembrou que conhecia Juliana da Praia de Camboinhas, onde a atendia: “Ela era uma pessoa muito bacana. Fiquei muito triste. A gente guarda o sentimento para a família.”
Próximos passos
A família continua cobrando respostas e aguarda a conclusão do segundo exame para decidir os desdobramentos legais do caso. O pai de Juliana enfatizou que o apoio do povo brasileiro foi fundamental para pressionar por ações durante o processo de resgate e repatriação do corpo.
“Ainda precisamos de respostas. Algumas só virão com o segundo exame. Agradeço de coração ao povo brasileiro por toda a mobilização”, concluiu.

Manoel Marins, pai de Juliana — Foto: Rafael Nascimento/g1 Rio
O velório ocorreu no mesmo cemitério, com a primeira parte, das 10h às 12h, aberta ao público para despedidas, e a segunda, das 12h30 às 15h, restrita a familiares e amigos próximos. A família optou pelo sepultamento, apesar de uma autorização judicial para a cremação. Segundo o pai da publicitária, Manoel Marins, a decisão foi revista para permitir uma eventual exumação futura, caso necessário.
“Vocês não sabem o que estou sentindo por dentro”, disse Manoel, emocionado. Ele criticou duramente a estrutura de segurança nas trilhas do parque indonésio e apontou negligência por parte do guia que acompanhava a filha no momento do acidente.
Críticas à Indonésia e agradecimentos aos voluntários
Manoel relatou que, ao contrário do que ocorre em trilhas brasileiras, como na Chapada Diamantina, onde há cordas e guias experientes nos trechos perigosos, a trilha no Rinjani não oferecia suporte adequado. Segundo ele, a situação se agravou com o despreparo do guia que, conforme relatos, teria saído para fumar no momento da queda de Juliana.
“Trata-se de despreparo, descaso com a vida humana e precariedade dos serviços daquele país. A Indonésia vive do turismo e precisa rever seus protocolos para que outras Julianas não percam a vida”, declarou.
O pai agradeceu aos voluntários indonésios, que conseguiram alcançar o corpo da filha a 600 metros de altitude — um trecho que nem a Defesa Civil local conseguiu atingir, segundo ele.
Investigações e laudos
A morte de Juliana está sendo investigada e dois exames de autópsia foram realizados: o primeiro em Bali, logo após o resgate do corpo, e o segundo já no Brasil, a pedido da Defensoria Pública da União.
O laudo feito em Bali apontou múltiplas fraturas e lesões internas, com morte em até 20 minutos após o impacto. Segundo o legista indonésio, Juliana não sofreu hipotermia. A família, no entanto, criticou a forma como esse resultado foi divulgado, em coletiva de imprensa antes mesmo de os parentes receberem o laudo pessoalmente.
“Caos e absurdo”, disse Mariana Marins, irmã da vítima. “Minha família foi chamada ao hospital para receber o laudo, mas o médico resolveu falar primeiro à imprensa. É absurdo atrás de absurdo.”
O laudo brasileiro, realizado em 2 de julho, deve ficar pronto nos próximos dias. A família afirma que aguarda esse documento para avaliar possíveis ações judiciais por negligência.
Comoção em Niterói
Durante o velório, diversas pessoas que conheciam Juliana ou acompanharam o caso prestaram homenagens. O bombeiro hidráulico Carlos Antônio de Souza esteve no cemitério: “Vi o caso na TV e vim prestar apoio. Estava torcendo pelo resgate.”
Já o ambulante Marcos Aurélio Francisco Lopes, conhecido como Marcão, lembrou que conhecia Juliana da Praia de Camboinhas, onde a atendia: “Ela era uma pessoa muito bacana. Fiquei muito triste. A gente guarda o sentimento para a família.”
Próximos passos
A família continua cobrando respostas e aguarda a conclusão do segundo exame para decidir os desdobramentos legais do caso. O pai de Juliana enfatizou que o apoio do povo brasileiro foi fundamental para pressionar por ações durante o processo de resgate e repatriação do corpo.
“Ainda precisamos de respostas. Algumas só virão com o segundo exame. Agradeço de coração ao povo brasileiro por toda a mobilização”, concluiu.





