O deputado federal Capitão Augusto (PL) enviou nesta quinta-feira, 10, dois ofícios direcionados aos procuradores da República responsáveis pela Defesa do Meio Ambiente, em Ourinhos (SP) e Jacarezinho (PR), com intuito de intervir na atual baixa verificada nos níveis das represas de Jurumirim, Chavantes e Capivara. De acordo com o deputado, a baixa dos níveis ocorre principalmente devido a abertura das jusantes das Usinas Hidrelétricas, atingindo a sua vazão máxima, a fim de enviar água à Usina Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR).

“E é bem o que ocorre no presente momento, uma vez que, em momento anterior, a vazão nas jusantes da Usina localizada em Chavantes era de 100m³ a 140m³ de água por segundo, e está atingindo no momento 900m³ por segundo”, destaca o deputado no ofício.

Ainda de acordo com o deputado, a “determinação de vazão de maneira exagerada nas jusantes por parte da Agência Nacional de Águas ou do Operador Nacional do Sistema, trará à região efeitos devastadores, tanto no que se refere ao Meio Ambiente como à economia da Região”.

O Passando a Régua entrou em contato com a assessoria do MPF (Ministério Público Federal), que nos informou que ainda não está ciente da situação e poderá nos dar um retorno nos próximos dias.

De acordo com matéria publicada pelo site G1, nesta quinta-feira, 10, aconteceu uma reunião organizada pela Agência Nacional de Águas, com representantes de prefeituras de diversas cidades da região e do Paraná, além de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica, Operador Nacional do Sistema, Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado e também, equipes da Cetesb para discutir o problema das baixas nas represas. Segundo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a baixa do nível da água foi provocada pela falta de chuva, já que o mês de outubro teve a pior estiagem dos últimos 90 anos e que, até terça-feira, nas regiões sudeste e centro-oeste choveu 37% da média histórica para dezembro.

Confira abaixo o ofício do deputado na íntegra:

Confira um vídeo que mostra área da represa em Ribeirão Claro (PR). Cenário que poderá mudar caso a baixa permaneça: