Educação de Ourinhos lança atribuição de aulas de reforço escolar e projeto de leitura para 2026

Novas resoluções regulamentam a atribuição de aulas para Recuperação Paralela e criam o projeto "Minha Vez de Ler", com foco na alfabetização e fluência leitora.
Compartilhe:
A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Ourinhos publicou na edição desta quarta-feira (19) do Diário Oficial do Município um conjunto de normas que visam fortalecer o aprendizado na Rede Municipal de Ensino para o ano letivo de 2026. As Resoluções SME Nº 19 e Nº 20/2025 estabelecem diretrizes para a atribuição de aulas de reforço escolar e para a implementação de um novo projeto de leitura voltado à alfabetização.

As medidas refletem a preocupação da gestão municipal com os índices de aprendizagem e buscam garantir que nenhum aluno fique para trás, especialmente nas fases iniciais da vida escolar.

Recuperação Paralela: foco em Português e Matemática
A Resolução Nº 19/2025 regulamenta a atribuição de aulas para o desenvolvimento da Recuperação Paralela. O objetivo é oferecer suporte extra aos alunos que apresentam dificuldades em Língua Portuguesa e Matemática.
  • Antecipação: A normativa permite que as escolas se organizem com antecedência para que o reforço esteja disponível já no início do ano letivo de 2026.
  • Critérios: O documento define pontuações e classificações para que os professores possam assumir essas aulas, priorizando a experiência e a qualificação profissional.
Projeto "Minha Vez de Ler": combate à defasagem na leitura
Já a Resolução Nº 20/2025 institui e regulamenta o projeto "Minha Vez de Ler", uma resposta direta aos índices preocupantes de fluência leitora identificados na avaliação diagnóstica de 2025. O projeto atenderá todos os alunos do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, com o objetivo de garantir a alfabetização na idade certa.

Como vai funcionar:
  • Aulas Específicas: Cada turma terá 2 horas/aula semanais dedicadas exclusivamente ao projeto.
  • Professor Monitor: A figura do "Professor Monitor de Leitura" será criada. Para atuar na função, o docente precisa ter Licenciatura em Pedagogia ou Magistério e comprovar, no mínimo, 3 anos de experiência em alfabetização.
  • Metodologia: O trabalho será individualizado e realizado fora da sala de aula regular. O foco será a leitura em voz alta, avaliando velocidade, precisão e entonação (prosódia), além da compreensão textual.
  • Monitoramento: Haverá sondagens bimestrais para acompanhar a evolução de cada criança, garantindo intervenções pedagógicas rápidas e precisas.
Segundo a Secretaria, o projeto está alinhado ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA) do MEC, que estipula a alfabetização de todas as crianças até o final do 2º ano.