Empresário é identificado como autor de vandalismo a carro de candidato bolsonarista em Marília

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A Polícia Civil de Marília identificou o empresário E. A. D. como o responsável pelo ato de vandalismo praticado contra o veículo de Danilo Bolsonaro, candidato a vereador pelo partido Republicanos. O proprietário do bar "O Buteco Marília", localizado em frente ao local onde o carro estava estacionado, foi flagrado por câmeras de segurança cometendo o crime na madrugada de sábado, 21 de setembro.

As imagens divulgadas pela polícia mostram com clareza o momento em que D. inicia o ato de vandalismo às 00h41, enquanto seu bar ainda estava aberto e com clientes presentes. Durante cerca de 20 minutos, o empresário quebrou os retrovisores do veículo, arrancou a placa traseira, jogando-a no telhado de seu estabelecimento, e pichou o carro com mensagens de cunho político, como "PT", "13", "Lula", "Dilma", e "Lixo". As inscrições sobrepuseram o adesivo de identificação de Danilo Bolsonaro. Além disso, Dourado desenhou duas suásticas no carro, configurando apologia ao nazismo.

As imagens ainda capturaram D. fazendo pausas para beber cerveja e disfarçando seu comportamento sempre que veículos passavam pelo local. Em um momento, ele foi flagrado cumprimentando uma viatura da Polícia Militar que circulava nas proximidades. Durante toda a ação, o empresário vestia uma camisa vermelha.

A polícia informou que o crime foi motivado por intolerância política, somada à insatisfação de D. com o fato de o carro de Danilo Bolsonaro ter permanecido estacionado em frente ao seu bar por vários dias. O empresário, que é conhecido por seu posicionamento político, contou com a ajuda de uma mulher, também vestida de vermelho, e de um garçom de seu estabelecimento. Ambos foram identificados e serão indiciados como cúmplices.

D. foi enquadrado nos crimes de dano qualificado, discriminação racial, por fazer apologia ao nazismo com as suásticas, e injúria. A soma das penas pode resultar em até 9 anos de prisão, conforme a legislação penal brasileira, que prevê penas agravadas para a prática de múltiplos crimes simultaneamente.

O caso chamou a atenção pela gravidade dos atos e pelas motivações políticas envolvidas, ressaltando a crescente tensão política no país, especialmente em períodos eleitorais. O inquérito segue em andamento, e Dourado, juntamente com os demais envolvidos, será julgado pela Justiça.