Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, estudante do quinto ano de medicina na Universidade Anhembi Morumbi, morreu na madrugada da última quarta-feira, 20, após ser baleado durante uma abordagem policial na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. Confira o vídeo abaixo.
O jovem, filho caçula de um casal de médicos peruanos naturalizados brasileiros, foi atingido por um tiro à queima-roupa no peito, disparado por um policial militar na escadaria de um hotel onde estava hospedado. A ação foi registrada por câmeras de segurança e gerou comoção e revolta.

Família de Marco Aurélio Cardenas Acosta em frente ao cemitério — Foto: Reprodução/TV Globo
O caso
Segundo o boletim de ocorrência, os PMs Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado estavam em patrulhamento quando o estudante teria dado um tapa no retrovisor da viatura e fugido para o interior do Hotel Flor da Vila Mariana. Nas imagens, é possível ver Marco Aurélio entrando no saguão do hotel sem camisa, sendo perseguido pelos policiais.
Durante a abordagem, um dos PMs tentou segurá-lo pelo braço, enquanto o outro o chutou. Em seguida, o policial Guilherme disparou contra o jovem. Os policiais alegaram que Marco tentou pegar a arma de um dos agentes, justificando o tiro.
Marco foi socorrido e encaminhado ao Hospital Ipiranga, onde passou por cirurgia após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias. Ele não resistiu e morreu às 6h40.
Repercussão e investigação
Os policiais envolvidos foram afastados das funções, e o caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), registrado como morte decorrente de intervenção policial e resistência.
Claudio Silva, ouvidor das Polícias de São Paulo, criticou a ação, afirmando que houve uso excessivo da força. "Os policiais estavam numericamente superiores e o jovem estava desarmado, sem camisa. Não houve uso progressivo da força, como determinado pelas normas da Polícia Militar", declarou.
Outro ponto levantado é o fato de as câmeras corporais dos policiais não terem sido acionadas durante a abordagem, apesar de estarem acopladas ao uniforme.
Trajetória interrompida
Marco Aurélio era descrito pela família e amigos como um jovem dedicado e generoso. Nascido prematuramente, concluiu o ensino médio aos 15 anos e optou pela medicina, seguindo os passos dos pais e do irmão. Ele também era atleta do time de futebol do curso.
Em nota, a Universidade Anhembi Morumbi lamentou a morte do estudante, destacando sua trajetória e enviando condolências à família.
O caso levanta novamente questões sobre o uso excessivo da força policial em abordagens e reforça o debate sobre a necessidade de maior controle e fiscalização das ações de segurança pública.
O jovem, filho caçula de um casal de médicos peruanos naturalizados brasileiros, foi atingido por um tiro à queima-roupa no peito, disparado por um policial militar na escadaria de um hotel onde estava hospedado. A ação foi registrada por câmeras de segurança e gerou comoção e revolta.

Família de Marco Aurélio Cardenas Acosta em frente ao cemitério — Foto: Reprodução/TV Globo
O caso
Segundo o boletim de ocorrência, os PMs Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado estavam em patrulhamento quando o estudante teria dado um tapa no retrovisor da viatura e fugido para o interior do Hotel Flor da Vila Mariana. Nas imagens, é possível ver Marco Aurélio entrando no saguão do hotel sem camisa, sendo perseguido pelos policiais.
Durante a abordagem, um dos PMs tentou segurá-lo pelo braço, enquanto o outro o chutou. Em seguida, o policial Guilherme disparou contra o jovem. Os policiais alegaram que Marco tentou pegar a arma de um dos agentes, justificando o tiro.
Marco foi socorrido e encaminhado ao Hospital Ipiranga, onde passou por cirurgia após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias. Ele não resistiu e morreu às 6h40.
Repercussão e investigação
Os policiais envolvidos foram afastados das funções, e o caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), registrado como morte decorrente de intervenção policial e resistência.
Claudio Silva, ouvidor das Polícias de São Paulo, criticou a ação, afirmando que houve uso excessivo da força. "Os policiais estavam numericamente superiores e o jovem estava desarmado, sem camisa. Não houve uso progressivo da força, como determinado pelas normas da Polícia Militar", declarou.
Outro ponto levantado é o fato de as câmeras corporais dos policiais não terem sido acionadas durante a abordagem, apesar de estarem acopladas ao uniforme.
Trajetória interrompida
Marco Aurélio era descrito pela família e amigos como um jovem dedicado e generoso. Nascido prematuramente, concluiu o ensino médio aos 15 anos e optou pela medicina, seguindo os passos dos pais e do irmão. Ele também era atleta do time de futebol do curso.
Em nota, a Universidade Anhembi Morumbi lamentou a morte do estudante, destacando sua trajetória e enviando condolências à família.
O caso levanta novamente questões sobre o uso excessivo da força policial em abordagens e reforça o debate sobre a necessidade de maior controle e fiscalização das ações de segurança pública.