Fuga para o Uruguai, dinheiro em caixa, mensagem de amor: o que se sabe sobre furto de R$ 1,5 milhão do Banco do Brasil

Compartilhe:
Eduardo Barbosa Oliveira, 43 anos, funcionário do Banco do Brasil, e sua companheira, Paloma Duarte Tolentino, 29 anos, foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) enquanto tentavam fugir para o Uruguai. O casal, que estava a 247 km da fronteira no Rio Grande do Sul, furtou mais de R$ 1,5 milhão da agência Estilo, localizada no bairro nobre Praia do Canto, em Vitória, no dia 14 de novembro.

O crime e a fuga
De acordo com a Polícia Civil, Eduardo, que ocupava o cargo de gerente de módulo da agência, retirou os valores do cofre no fim do expediente. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança carregando uma caixa de papelão que continha o dinheiro: R$ 763.438, € 70.700 (euros) e US$ 41.940 (dólares).

Parte do dinheiro foi utilizado rapidamente. Paloma depositou R$ 74 mil para comprar um Jeep Renegade, usado na fuga. Eduardo também destinou R$ 20 mil à ex-mulher para quitar dívidas, e o casal realizou a mudança completa da residência em Vitória no dia seguinte ao crime, incluindo os animais de estimação.


Paloma Duarte Tolentino, de 29 anos, fez a publicação um mês antes do crime que, segundo a polícia, ela planejou com Eduardo Barbosa Oliveira. Espírito Santo — Foto: Reprodução

Investigação e prisão
O furto foi descoberto após Eduardo não comparecer à agência no dia 18 de novembro, o que levantou suspeitas entre os colegas. A PRF localizou o casal ao rastrear o veículo adquirido com o dinheiro furtado, cuja placa foi identificada em uma concessionária.

O casal foi preso em flagrante e autuado por furto continuado, receptação e tentativa de evasão de divisas. Ambos tiveram prisão preventiva decretada.

Devolução do dinheiro
Os valores furtados e o carro comprado para a fuga foram recuperados e devolvidos ao Banco do Brasil. Em nota, a instituição afirmou que sua área de segurança detectou o crime e colaborou com as autoridades para localizar os responsáveis.

Desdobramentos
A polícia investiga se Eduardo já havia cometido outros crimes na agência. Até o momento, a defesa do casal não se manifestou sobre o caso.