O Rio de Janeiro trouxe de volta uma tradição importante do G20: a chamada "foto de família". Nesta segunda-feira (18), por volta das 15h40, cerca de 40 líderes mundiais se reuniram nos jardins do Museu de Arte Moderna (MAM) para o registro oficial, tendo o icônico Pão de Açúcar ao fundo.
Apesar da retomada simbólica, alguns líderes notáveis ficaram ausentes do registro. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou ao local após a foto, sem justificativa oficial para o atraso. Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, e Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, também não participaram.
O painel ao fundo do palanque destacava a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa liderada pelo Brasil e apoiada por todos os membros do G20, incluindo a Argentina, que aderiu de última hora.
Um gesto de diplomacia em um cenário global dividido
A tradição da foto havia sido interrompida nos últimos dois encontros, em Bali (2022) e Nova Déli (2023), devido às tensões em torno da invasão da Ucrânia pela Rússia. O receio de líderes em posar ao lado de representantes russos foi o principal motivo para a ausência desses registros. Embora o presidente Vladimir Putin não tenha comparecido ao evento, seu representante, Sergey Lavrov, participou da foto no Rio.
Especialistas consideram a retomada um avanço diplomático significativo. “A foto simboliza diálogo e entendimento, algo que tem faltado em um mundo cada vez mais dividido”, afirmou Paulo Velasco, professor de Política Internacional da UERJ. Ele também destacou que o gesto pode ser visto como uma vitória para o Brasil, que busca retomar o protagonismo diplomático sob a liderança do presidente Lula.
Para Maurício Santoro, cientista político e especialista em Relações Internacionais, a foto reforça o esforço do Brasil em reafirmar sua relevância global. “A ideia de que ‘o Brasil voltou’ é central para a política externa de Lula, e esse registro ajuda a consolidar essa narrativa”, pontuou.
A cúpula no contexto das tensões globais
Enquanto líderes posavam no Rio, o cenário internacional seguia tenso. A guerra entre Rússia e Ucrânia caminha para o terceiro ano sem sinais de trégua. No domingo (17), a Rússia lançou 120 mísseis e 90 drones contra infraestruturas ucranianas, enquanto os Estados Unidos autorizaram o uso de mísseis de longo alcance por Kiev, segundo o New York Times.
Ainda assim, a retomada da foto é vista como um gesto de redução de hostilidades. “Se a fotografia ocorreu, já é um indicativo de um clima menos fraturado”, ressaltou Velasco.
Resultados concretos esperados
Além do simbolismo da foto, a cúpula busca aprovar medidas práticas, como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Caso sejam alcançados consensos, esta edição poderá ser considerada mais produtiva do que as anteriores, destacaram especialistas.
O gesto de reunir os líderes no Rio é um marco tanto para a diplomacia brasileira quanto para o cenário internacional, sugerindo, ainda que modestamente, um esforço por mais diálogo em um mundo fragmentado.
Apesar da retomada simbólica, alguns líderes notáveis ficaram ausentes do registro. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou ao local após a foto, sem justificativa oficial para o atraso. Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, e Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, também não participaram.
O painel ao fundo do palanque destacava a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa liderada pelo Brasil e apoiada por todos os membros do G20, incluindo a Argentina, que aderiu de última hora.
Um gesto de diplomacia em um cenário global dividido
A tradição da foto havia sido interrompida nos últimos dois encontros, em Bali (2022) e Nova Déli (2023), devido às tensões em torno da invasão da Ucrânia pela Rússia. O receio de líderes em posar ao lado de representantes russos foi o principal motivo para a ausência desses registros. Embora o presidente Vladimir Putin não tenha comparecido ao evento, seu representante, Sergey Lavrov, participou da foto no Rio.
Especialistas consideram a retomada um avanço diplomático significativo. “A foto simboliza diálogo e entendimento, algo que tem faltado em um mundo cada vez mais dividido”, afirmou Paulo Velasco, professor de Política Internacional da UERJ. Ele também destacou que o gesto pode ser visto como uma vitória para o Brasil, que busca retomar o protagonismo diplomático sob a liderança do presidente Lula.
Para Maurício Santoro, cientista político e especialista em Relações Internacionais, a foto reforça o esforço do Brasil em reafirmar sua relevância global. “A ideia de que ‘o Brasil voltou’ é central para a política externa de Lula, e esse registro ajuda a consolidar essa narrativa”, pontuou.
A cúpula no contexto das tensões globais
Enquanto líderes posavam no Rio, o cenário internacional seguia tenso. A guerra entre Rússia e Ucrânia caminha para o terceiro ano sem sinais de trégua. No domingo (17), a Rússia lançou 120 mísseis e 90 drones contra infraestruturas ucranianas, enquanto os Estados Unidos autorizaram o uso de mísseis de longo alcance por Kiev, segundo o New York Times.
Ainda assim, a retomada da foto é vista como um gesto de redução de hostilidades. “Se a fotografia ocorreu, já é um indicativo de um clima menos fraturado”, ressaltou Velasco.
Resultados concretos esperados
Além do simbolismo da foto, a cúpula busca aprovar medidas práticas, como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Caso sejam alcançados consensos, esta edição poderá ser considerada mais produtiva do que as anteriores, destacaram especialistas.
O gesto de reunir os líderes no Rio é um marco tanto para a diplomacia brasileira quanto para o cenário internacional, sugerindo, ainda que modestamente, um esforço por mais diálogo em um mundo fragmentado.





