O governo brasileiro enviou nesta terça-feira (15) uma carta oficial ao governo dos Estados Unidos manifestando “indignação” com a decisão do presidente Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA a partir de 1º de agosto. A medida tem gerado forte repercussão diplomática e econômica.
O documento é assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. A carta foi endereçada ao secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, e ao representante comercial dos EUA, Jamieson Greer.
Na carta, o Brasil argumenta que a medida ameaça uma relação comercial histórica entre as duas maiores economias das Américas e terá impacto negativo em setores importantes dos dois países. O governo brasileiro lembra que nos últimos 15 anos acumulou um déficit comercial de US$ 410 bilhões com os EUA, contrariando a justificativa apresentada por Trump para o tarifaço.
O texto também menciona uma minuta confidencial enviada em maio, na qual o Brasil propôs áreas de negociação para evitar medidas extremas como as tarifas. No entanto, os EUA ainda não responderam à proposta, segundo o governo.
“Reiteramos nosso interesse em dialogar e encontrar uma solução mutuamente aceitável”, diz a carta.
União entre governo e Congresso
Nesta quarta-feira (16), após reunião na Residência Oficial do Senado, o ministro Alckmin, ao lado dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgaram um vídeo reafirmando o compromisso do Brasil com a defesa de seus interesses.
Alcolumbre classificou a decisão americana como uma “agressão ao Brasil” e disse que o Congresso está unido e pronto para atuar na retaguarda do Executivo. Motta declarou que o Brasil “não pode aceitar interferências externas que ameacem sua soberania”.
Alckmin afirmou que a medida é “inadequada e injusta”, e que os EUA, na verdade, têm superávit comercial com o Brasil, com a maioria de seus produtos entrando sem tarifa.
Senadores irão aos EUA
O Senado também aprovou um requerimento, de autoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), para enviar uma comitiva parlamentar a Washington no fim de julho, com o objetivo de discutir diretamente com autoridades americanas a reversão das tarifas.
O governo brasileiro aguarda agora uma resposta oficial dos Estados Unidos à carta e segue buscando soluções diplomáticas para evitar prejuízos às exportações nacionais e à economia.

O documento é assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. A carta foi endereçada ao secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, e ao representante comercial dos EUA, Jamieson Greer.
Na carta, o Brasil argumenta que a medida ameaça uma relação comercial histórica entre as duas maiores economias das Américas e terá impacto negativo em setores importantes dos dois países. O governo brasileiro lembra que nos últimos 15 anos acumulou um déficit comercial de US$ 410 bilhões com os EUA, contrariando a justificativa apresentada por Trump para o tarifaço.
O texto também menciona uma minuta confidencial enviada em maio, na qual o Brasil propôs áreas de negociação para evitar medidas extremas como as tarifas. No entanto, os EUA ainda não responderam à proposta, segundo o governo.
“Reiteramos nosso interesse em dialogar e encontrar uma solução mutuamente aceitável”, diz a carta.
União entre governo e Congresso
Nesta quarta-feira (16), após reunião na Residência Oficial do Senado, o ministro Alckmin, ao lado dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgaram um vídeo reafirmando o compromisso do Brasil com a defesa de seus interesses.
Alcolumbre classificou a decisão americana como uma “agressão ao Brasil” e disse que o Congresso está unido e pronto para atuar na retaguarda do Executivo. Motta declarou que o Brasil “não pode aceitar interferências externas que ameacem sua soberania”.
Alckmin afirmou que a medida é “inadequada e injusta”, e que os EUA, na verdade, têm superávit comercial com o Brasil, com a maioria de seus produtos entrando sem tarifa.
Senadores irão aos EUA
O Senado também aprovou um requerimento, de autoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), para enviar uma comitiva parlamentar a Washington no fim de julho, com o objetivo de discutir diretamente com autoridades americanas a reversão das tarifas.
O governo brasileiro aguarda agora uma resposta oficial dos Estados Unidos à carta e segue buscando soluções diplomáticas para evitar prejuízos às exportações nacionais e à economia.
