Na manhã desta quinta-feira, 20, o grupo terrorista Hamas entregou os restos mortais de quatro reféns israelenses à Cruz Vermelha em Khan Younis, na Faixa de Gaza. Entre as vítimas estão um bebê de nove meses, uma criança de quatro anos, a mãe deles e um idoso de 83 anos.
Três dos corpos pertencem à família Bibas, que se tornou um símbolo do sofrimento dos reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023: Shiri Bibas, de origem argentina, e seus filhos Kfir Bibas, de nove meses, e Ariel Bibas, de quatro anos. O quarto corpo é do idoso Oded Lifschitz, de 83 anos. Os restos mortais foram entregues em caixões pretos e serão submetidos a exames de DNA em Israel.
A entrega dos corpos faz parte do acordo de cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro. O governo israelense confirmou a recuperação dos restos mortais. A ONU condenou a forma como o Hamas conduziu a devolução dos corpos, e o chefe de Direitos Humanos da organização, Volker Turk, classificou a exibição dos corpos em Gaza como "abominável" e uma violação do direito internacional.

Shiri Bibas, que foi sequestrada e levada para Gaza em 7 de outubro de 2023, com o filho caçula, Kfir, de nove meses. — Foto: Hostages Family Forum via AP

Yarden Bibas, refém israelense libertado pelo Hamas — Foto: REUTERS/Ramadan Abed
Ataque de 7 de outubro e retaliação israelense
As vítimas estavam entre os 251 reféns sequestrados pelo Hamas durante o ataque ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 israelenses. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar contra o grupo terrorista, que até o momento deixou cerca de 48 mil mortos e destruiu grande parte da infraestrutura da Faixa de Gaza.
Na ocasião da entrega dos corpos, o Hamas reiterou a alegação de que a mãe e os filhos Bibas foram mortos em um ataque aéreo israelense durante a guerra. No entanto, Israel nunca confirmou essa versão.
Reações em Israel e protestos contra Netanyahu
A confirmação das mortes da família Bibas gerou grande comoção em Israel. Manifestações e homenagens ocorreram em diversos pontos do país enquanto os caixões eram transportados. O presidente israelense, Isaac Herzog, expressou pesar e pediu desculpas:
"Agonia. Sofrimento. Não há palavras. Nossos corações — os corações de uma nação inteira — estão devastados. Em nome do Estado de Israel, inclino minha cabeça e peço perdão. Perdão por não proteger vocês naquele dia terrível. Perdão por não trazê-los para casa com vida", escreveu Herzog no X (antigo Twitter).
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também lamentou as mortes e classificou esta quinta-feira como um "dia de luto e dor para Israel". O premiê, no entanto, segue enfrentando protestos por parte de familiares de reféns ainda mantidos pelo Hamas. Na última segunda-feira (17), quando a guerra completou 500 dias, manifestantes marcharam até sua residência cobrando mais esforços para a libertação dos sequestrados.
Acordos de cessar-fogo e negociações em andamento
Até o momento, 19 reféns israelenses e cinco tailandeses foram libertados como parte da primeira fase do acordo de trégua, em troca da soltura de mais de 1.100 palestinos presos em Israel. O Hamas se comprometeu a liberar mais seis reféns no próximo sábado (22).
Negociações para uma segunda fase do cessar-fogo estão em andamento e visam a libertação dos cerca de 60 reféns ainda mantidos pelo Hamas. No entanto, segundo a agência Reuters, menos da metade deles são considerados vivos.
A trégua também prevê a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza para possibilitar o fim do conflito. Contudo, as perspectivas para um acordo definitivo permanecem incertas.
Na quarta-feira (19), o Hamas declarou estar disposto a libertar todos os reféns restantes de uma só vez, em vez de realizar a soltura em etapas, como ocorreu na primeira fase do acordo.
Três dos corpos pertencem à família Bibas, que se tornou um símbolo do sofrimento dos reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023: Shiri Bibas, de origem argentina, e seus filhos Kfir Bibas, de nove meses, e Ariel Bibas, de quatro anos. O quarto corpo é do idoso Oded Lifschitz, de 83 anos. Os restos mortais foram entregues em caixões pretos e serão submetidos a exames de DNA em Israel.
A entrega dos corpos faz parte do acordo de cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro. O governo israelense confirmou a recuperação dos restos mortais. A ONU condenou a forma como o Hamas conduziu a devolução dos corpos, e o chefe de Direitos Humanos da organização, Volker Turk, classificou a exibição dos corpos em Gaza como "abominável" e uma violação do direito internacional.

Shiri Bibas, que foi sequestrada e levada para Gaza em 7 de outubro de 2023, com o filho caçula, Kfir, de nove meses. — Foto: Hostages Family Forum via AP

Yarden Bibas, refém israelense libertado pelo Hamas — Foto: REUTERS/Ramadan Abed
Ataque de 7 de outubro e retaliação israelense
As vítimas estavam entre os 251 reféns sequestrados pelo Hamas durante o ataque ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 israelenses. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar contra o grupo terrorista, que até o momento deixou cerca de 48 mil mortos e destruiu grande parte da infraestrutura da Faixa de Gaza.
Na ocasião da entrega dos corpos, o Hamas reiterou a alegação de que a mãe e os filhos Bibas foram mortos em um ataque aéreo israelense durante a guerra. No entanto, Israel nunca confirmou essa versão.
Reações em Israel e protestos contra Netanyahu
A confirmação das mortes da família Bibas gerou grande comoção em Israel. Manifestações e homenagens ocorreram em diversos pontos do país enquanto os caixões eram transportados. O presidente israelense, Isaac Herzog, expressou pesar e pediu desculpas:
"Agonia. Sofrimento. Não há palavras. Nossos corações — os corações de uma nação inteira — estão devastados. Em nome do Estado de Israel, inclino minha cabeça e peço perdão. Perdão por não proteger vocês naquele dia terrível. Perdão por não trazê-los para casa com vida", escreveu Herzog no X (antigo Twitter).
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também lamentou as mortes e classificou esta quinta-feira como um "dia de luto e dor para Israel". O premiê, no entanto, segue enfrentando protestos por parte de familiares de reféns ainda mantidos pelo Hamas. Na última segunda-feira (17), quando a guerra completou 500 dias, manifestantes marcharam até sua residência cobrando mais esforços para a libertação dos sequestrados.
Acordos de cessar-fogo e negociações em andamento
Até o momento, 19 reféns israelenses e cinco tailandeses foram libertados como parte da primeira fase do acordo de trégua, em troca da soltura de mais de 1.100 palestinos presos em Israel. O Hamas se comprometeu a liberar mais seis reféns no próximo sábado (22).
Negociações para uma segunda fase do cessar-fogo estão em andamento e visam a libertação dos cerca de 60 reféns ainda mantidos pelo Hamas. No entanto, segundo a agência Reuters, menos da metade deles são considerados vivos.
A trégua também prevê a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza para possibilitar o fim do conflito. Contudo, as perspectivas para um acordo definitivo permanecem incertas.
Na quarta-feira (19), o Hamas declarou estar disposto a libertar todos os reféns restantes de uma só vez, em vez de realizar a soltura em etapas, como ocorreu na primeira fase do acordo.





