Homem esfaqueia o próprio irmão durante briga em Ourinhos

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Na tarde desta segunda-feira, 10, um homem de 41 anos esfaqueou o próprio irmão, de 39 anos, durante uma briga na Rua Roberto Landell de Moura, no Conjunto Habitacional Orlando Quagliato, em Ourinhos (SP). Ambos ficaram feridos e uma das vítimas foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), sendo encaminhado à Santa Casa de Misericórdia.

O caso chegou ao conhecimento da polícia apenas às 22h40, quando a Santa Casa entrou em contato informando sobre a entrada de Adriano da S., de 39 anos, vítima de golpes de facão desferidos por seu irmão, Helton F. da S., de 41 anos. Pouco depois, Helton também deu entrada no hospital, alegando ter sido agredido por Adriano.

Policiais civis foram até a unidade hospitalar para apurar os fatos, onde também compareceram os policiais militares Gerian e Trindade. De acordo com os PMs, eles não foram acionados para o local da ocorrência, tomando conhecimento do caso apenas por meio da Santa Casa.

Relatos dos envolvidos
Em depoimento, Adriano afirmou que reside com seu irmão no local da briga e que a discussão começou porque Helton teria utilizado entorpecentes e quebrado objetos dentro da casa. Para contê-lo, Adriano o empurrou para fora, mas negou tê-lo agredido. Helton teria saído do local, mas retornado em seguida com um facão, atacando-o com golpes na cabeça, ombro esquerdo, cotovelo e mão esquerda. Ele conseguiu fugir para a rua, onde foi socorrido pelo SAMU.

Adriano também alegou que as lesões sofridas por Helton foram causadas por populares que souberam do ataque e intervieram. Acrescentou ainda que fez uso de maconha, mas não ingeriu bebida alcoólica.

Por outro lado, Helton relatou que foi agredido com pauladas pelo irmão antes de pegar o facão para se defender. Ele admitiu estar embriagado e afirmou que, em determinado momento, deixou a arma cair no chão, sendo atingido por golpes desferidos por Adriano. Diferente do irmão, Helton afirmou que ambos estavam alcoolizados no momento da briga.

Investigação e desdobramentos
Ambos apresentavam ferimentos na cabeça e precisaram de suturas. No entanto, segundo a equipe de saúde, não corriam risco de morte e permaneceram internados apenas para observação. Os envolvidos foram orientados a comparecer ao Plantão Policial para requisitarem exames no Instituto Médico Legal (IML) e, caso desejassem, formalizar representação criminal. Eles também foram informados sobre o prazo de seis meses para oferecer a queixa.

A polícia não realizou perícia no local da ocorrência, pois familiares haviam limpado e reorganizado a residência, impossibilitando o exame pericial.