Medicamentos usados para perda de peso, como Wegovy (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida), estão se tornando cada vez mais populares entre pessoas que desejam emagrecer. No entanto, o uso desses remédios por mulheres em idade fértil tem chamado a atenção de órgãos reguladores devido ao aumento de casos de gravidez não planejada, especialmente entre usuárias do Ozempic (versão da semaglutida indicada para diabetes).
O órgão regulador de medicamentos do Reino Unido emitiu orientações após receber 40 relatos de gravidez inesperada entre mulheres que utilizavam essas medicações. O alerta recai, sobretudo, sobre possíveis interferências na eficácia dos anticoncepcionais orais.
Como funcionam esses medicamentos?
Tanto a semaglutida quanto a tirzepatida agem imitando hormônios naturais do corpo, como o GLP-1, que suprime o apetite e retarda o esvaziamento do estômago. A tirzepatida, por sua vez, também afeta o sistema GIP, outro regulador do apetite. Esses efeitos ajudam na perda de peso, mas também podem influenciar a absorção de medicamentos orais, como a pílula anticoncepcional.
Efeitos sobre os anticoncepcionais
Estudos mostram que a tirzepatida pode reduzir em até 20% a presença de etinilestradiol (hormônio presente em anticoncepcionais combinados) na corrente sanguínea. Além disso, o tempo necessário para sua absorção completa pode aumentar entre 2 a 4 horas, comprometendo sua eficácia.
Embora a semaglutida tenha demonstrado efeitos menos intensos nesse aspecto, ambos os medicamentos retardam o esvaziamento gástrico, o que afeta diretamente a absorção de comprimidos. Casos de vômito e diarreia — efeitos colaterais comuns das duas substâncias — também podem dificultar a absorção de anticoncepcionais, já que o corpo pode expelir a medicação antes da absorção total.
Gravidez inesperada: mais fertilidade?
Além da possível falha dos anticoncepcionais orais, especialistas acreditam que o aumento da fertilidade após perda de peso pode contribuir para os casos de gravidez. A obesidade está associada a distúrbios hormonais, como a síndrome dos ovários policísticos, e a redução do peso pode restabelecer o funcionamento reprodutivo, tornando a concepção mais provável.
O que fazer?
Até o momento, anticoncepcionais não orais — como DIUs, implantes, adesivos e métodos de barreira (preservativos) — não apresentaram interferência no uso conjunto com esses medicamentos. Por isso, autoridades de saúde recomendam que mulheres que iniciam o uso de semaglutida ou tirzepatida:
O órgão regulador de medicamentos do Reino Unido emitiu orientações após receber 40 relatos de gravidez inesperada entre mulheres que utilizavam essas medicações. O alerta recai, sobretudo, sobre possíveis interferências na eficácia dos anticoncepcionais orais.
Como funcionam esses medicamentos?
Tanto a semaglutida quanto a tirzepatida agem imitando hormônios naturais do corpo, como o GLP-1, que suprime o apetite e retarda o esvaziamento do estômago. A tirzepatida, por sua vez, também afeta o sistema GIP, outro regulador do apetite. Esses efeitos ajudam na perda de peso, mas também podem influenciar a absorção de medicamentos orais, como a pílula anticoncepcional.
Efeitos sobre os anticoncepcionais
Estudos mostram que a tirzepatida pode reduzir em até 20% a presença de etinilestradiol (hormônio presente em anticoncepcionais combinados) na corrente sanguínea. Além disso, o tempo necessário para sua absorção completa pode aumentar entre 2 a 4 horas, comprometendo sua eficácia.
Embora a semaglutida tenha demonstrado efeitos menos intensos nesse aspecto, ambos os medicamentos retardam o esvaziamento gástrico, o que afeta diretamente a absorção de comprimidos. Casos de vômito e diarreia — efeitos colaterais comuns das duas substâncias — também podem dificultar a absorção de anticoncepcionais, já que o corpo pode expelir a medicação antes da absorção total.
Gravidez inesperada: mais fertilidade?
Além da possível falha dos anticoncepcionais orais, especialistas acreditam que o aumento da fertilidade após perda de peso pode contribuir para os casos de gravidez. A obesidade está associada a distúrbios hormonais, como a síndrome dos ovários policísticos, e a redução do peso pode restabelecer o funcionamento reprodutivo, tornando a concepção mais provável.
O que fazer?
Até o momento, anticoncepcionais não orais — como DIUs, implantes, adesivos e métodos de barreira (preservativos) — não apresentaram interferência no uso conjunto com esses medicamentos. Por isso, autoridades de saúde recomendam que mulheres que iniciam o uso de semaglutida ou tirzepatida:
- Usem métodos contraceptivos não orais durante pelo menos quatro semanas após o início do tratamento;
- Consultem o médico imediatamente em caso de gravidez durante o uso dos medicamentos;
- Avaliem, junto a profissionais de saúde, alternativas contraceptivas mais seguras.
A ausência de estudos aprofundados sobre os efeitos dessas drogas durante a gravidez reforça a importância do acompanhamento médico para garantir segurança e eficácia no controle de peso e na prevenção da gravidez.
“É essencial que as mulheres em idade reprodutiva sejam orientadas de forma clara sobre os potenciais riscos”, alerta Simon Cork, professor de fisiologia da Universidade Anglia Ruskin (Reino Unido), autor de estudo publicado originalmente no site acadêmico The Conversation.
Fonte: The Conversation | Tradução e adaptação jornalística
“É essencial que as mulheres em idade reprodutiva sejam orientadas de forma clara sobre os potenciais riscos”, alerta Simon Cork, professor de fisiologia da Universidade Anglia Ruskin (Reino Unido), autor de estudo publicado originalmente no site acadêmico The Conversation.
Fonte: The Conversation | Tradução e adaptação jornalística





