Rodrigo Gambale e a Irmã Priscila - Foto: Reprodução
Um escândalo de corrupção envolvendo a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos (SP) veio à tona, lançando uma sombra de incerteza sobre a gestão da prefeita Priscila Gambale, do partido Podemos. As revelações apontam uma conexão direta entre a administração municipal e o crime organizado, em especial o Primeiro Comando da Capital (PCC). As informações foram divulgadas pelo jornal Estadão, nesta segunda-feira, 29.
As informações foram obtidas pelo Ministério Público de São Paulo após a quebra de sigilo do cantor de pagode Vagner Borges Dias, conhecido como 'Latrell Britto', apontado como o líder do esquema de fraudes do PCC em licitações que totalizam mais de R$ 200 milhões em diversas prefeituras e câmaras de vereadores da Grande São Paulo e do interior do Estado.
Os diálogos obtidos entre 'Latrell Britto' e seus associados revelam detalhes de como o grupo operava, incluindo sua influência e acesso dentro das gestões municipais. Em Ferraz de Vasconcelos, município localizado a leste da região metropolitana de São Paulo, as conversas indicam uma estreita relação com uma "secretária" da prefeitura ligada à gestão de Priscila Gambale, bem como acertos com a "pregoeira" de uma licitação sob suspeita.
Ligação do irmão com Ourinhos
Priscila Gambale é irmã do deputado federal Rodrigo Gambale (PODEMOS), que fez campanha eleitoral em Ourinhos (SP) e obteve 3.923 votos em 2022, sendo o segundo mais votado para o cargo na cidade. Um dos líderes do Podemos, partido do vereador Guilherme Gonçalves, Gambale deverá ser um dos principais articuladores da possível candidatura de Guilherme para o cargo de prefeito de Ourinhos, nas eleições de outubro.
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Na foto o deputado está com o vereador Guilherme Gonçalves (Podemos) e com o ex-vereador Alexandre Zóio (PL), que deverão ser candidatos a prefeito e vice-prefeito nas eleições municipais de outubro. (Foto: Redes Sociais)
O Passando a Régua deixa claro que não há nada contra o deputado, ou até mesmo, contra os dois pré-candidatos de Ourinhos.
Mais sobre os áudios divulgados
Os diálogos apontam para a possível participação de um "deputado", embora o relatório da Promotoria não tenha divulgado o nome do parlamentar envolvido, já que as investigações ainda estão em curso.
Os desdobramentos da Operação Munditia, cuja fase ostensiva foi iniciada recentemente, resultaram na prisão do vereador de Ferraz, Flávio Batista de Souza, conhecido como 'Inha', sob suspeita de receber propina da quadrilha ligada ao PCC, que teria se infiltrado em setores da administração e do legislativo municipal.
Além de 'Inha', outros dois vereadores de municípios distintos também foram capturados: Luiz Carlos Alves Dias, o 'Luizão Arquiteto', de Santa Isabel, e Ricardo de Oliveira, o Ricardo 'Queixão', do PSD. A Promotoria levou à Justiça denúncia criminal que atribui a quatro vereadores e três servidores públicos o envolvimento com a organização criminosa infiltrada na máquina pública.
As mensagens resgatadas pelos promotores revelam um padrão de corrupção que envolve subornos e manipulação de licitações em benefício do PCC. O esquema incluía ajustes nos lances dados durante pregões, garantindo que os resultados das licitações estivessem alinhados aos interesses do grupo criminoso.
Os diálogos também indicam a preparação de editais e a manipulação de processos licitatórios para favorecer empresas vinculadas ao esquema de corrupção. Empresas sob suspeita estariam no comando de contratos públicos em Ferraz de Vasconcelos, enquanto membros da administração municipal supostamente colaboravam para facilitar a realização desses acordos ilícitos.
A denúncia da Operação Munditia ressalta que a corrupção em Ferraz de Vasconcelos não está limitada apenas ao vereador 'Inha'. Outros nomes, como o ex-secretário de Governo Roberto Martinelle, também são implicados em mensagens que sugerem a solicitação e recebimento de propinas em contratos públicos.
Diante dessas revelações, a gestão da prefeita Priscila Gambale enfrenta sérios questionamentos sobre sua integridade e capacidade de governar o município. As investigações em curso prometem trazer à tona mais detalhes sobre a extensão desse esquema de corrupção e os envolvidos, lançando luz sobre uma trama que abalou as estruturas do poder local em Ferraz de Vasconcelos.
O espaço está aberto para a manifestação da prefeita Priscila Gambale (passandoaregualp@gmail.com).
As informações foram obtidas pelo Ministério Público de São Paulo após a quebra de sigilo do cantor de pagode Vagner Borges Dias, conhecido como 'Latrell Britto', apontado como o líder do esquema de fraudes do PCC em licitações que totalizam mais de R$ 200 milhões em diversas prefeituras e câmaras de vereadores da Grande São Paulo e do interior do Estado.
Os diálogos obtidos entre 'Latrell Britto' e seus associados revelam detalhes de como o grupo operava, incluindo sua influência e acesso dentro das gestões municipais. Em Ferraz de Vasconcelos, município localizado a leste da região metropolitana de São Paulo, as conversas indicam uma estreita relação com uma "secretária" da prefeitura ligada à gestão de Priscila Gambale, bem como acertos com a "pregoeira" de uma licitação sob suspeita.
Ligação do irmão com Ourinhos
Priscila Gambale é irmã do deputado federal Rodrigo Gambale (PODEMOS), que fez campanha eleitoral em Ourinhos (SP) e obteve 3.923 votos em 2022, sendo o segundo mais votado para o cargo na cidade. Um dos líderes do Podemos, partido do vereador Guilherme Gonçalves, Gambale deverá ser um dos principais articuladores da possível candidatura de Guilherme para o cargo de prefeito de Ourinhos, nas eleições de outubro.
Na foto o deputado está com o vereador Guilherme Gonçalves (Podemos) e com o ex-vereador Alexandre Zóio (PL), que deverão ser candidatos a prefeito e vice-prefeito nas eleições municipais de outubro. (Foto: Redes Sociais)
O Passando a Régua deixa claro que não há nada contra o deputado, ou até mesmo, contra os dois pré-candidatos de Ourinhos.
Mais sobre os áudios divulgados
Os diálogos apontam para a possível participação de um "deputado", embora o relatório da Promotoria não tenha divulgado o nome do parlamentar envolvido, já que as investigações ainda estão em curso.
Os desdobramentos da Operação Munditia, cuja fase ostensiva foi iniciada recentemente, resultaram na prisão do vereador de Ferraz, Flávio Batista de Souza, conhecido como 'Inha', sob suspeita de receber propina da quadrilha ligada ao PCC, que teria se infiltrado em setores da administração e do legislativo municipal.
Além de 'Inha', outros dois vereadores de municípios distintos também foram capturados: Luiz Carlos Alves Dias, o 'Luizão Arquiteto', de Santa Isabel, e Ricardo de Oliveira, o Ricardo 'Queixão', do PSD. A Promotoria levou à Justiça denúncia criminal que atribui a quatro vereadores e três servidores públicos o envolvimento com a organização criminosa infiltrada na máquina pública.
As mensagens resgatadas pelos promotores revelam um padrão de corrupção que envolve subornos e manipulação de licitações em benefício do PCC. O esquema incluía ajustes nos lances dados durante pregões, garantindo que os resultados das licitações estivessem alinhados aos interesses do grupo criminoso.
Os diálogos também indicam a preparação de editais e a manipulação de processos licitatórios para favorecer empresas vinculadas ao esquema de corrupção. Empresas sob suspeita estariam no comando de contratos públicos em Ferraz de Vasconcelos, enquanto membros da administração municipal supostamente colaboravam para facilitar a realização desses acordos ilícitos.
A denúncia da Operação Munditia ressalta que a corrupção em Ferraz de Vasconcelos não está limitada apenas ao vereador 'Inha'. Outros nomes, como o ex-secretário de Governo Roberto Martinelle, também são implicados em mensagens que sugerem a solicitação e recebimento de propinas em contratos públicos.
Diante dessas revelações, a gestão da prefeita Priscila Gambale enfrenta sérios questionamentos sobre sua integridade e capacidade de governar o município. As investigações em curso prometem trazer à tona mais detalhes sobre a extensão desse esquema de corrupção e os envolvidos, lançando luz sobre uma trama que abalou as estruturas do poder local em Ferraz de Vasconcelos.
O espaço está aberto para a manifestação da prefeita Priscila Gambale (passandoaregualp@gmail.com).
