A Câmara Municipal de Itaí (108 km de Ourinhos) aprovou um projeto de Lei da Prefeitura da cidade, que torna feriado municipal todo dia 25 de novembro, dia que ficou marcado pelo acidente entre ônibus e caminhão, que matou 42 pessoas, no km 172, da Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, em Taguaí (SP).
Segundo o Executivo, o objetivo é manter na memória dos moradores da cidade que estavam no ônibus. O projeto foi publicado nesta quarta-feira (23) no Diário Oficial do município. Entre as 42 pessoas mortas no acidente, 39 residiam em Itaí.
"Sem dúvida, esse foi o dia mais triste da história de Itaí. A criação do feriado é uma maneira de manter viva em nossa memória esses trabalhadores itaienses e, de forma pública e oficialmente, manifestar solidariedade às famílias enlutadas", diz o prefeito Thiago Michelin (Republicanos), de Itaí.
(Relembre a lista das vítimas)
Segundo a polícia, este foi o maior acidente do ano nas rodovias do estado de São Paulo e o maior em número de mortes em 22 anos.
O projeto de lei para instituir o feriado foi enviado à Câmara pelo prefeito Thiago Michelin. O texto foi aprovado por unanimidade pelos nove vereadores da cidade.
Segundo o prefeito de Itaí, a ideia do governo também era de criar um monumento na cidade em homenagem às vítimas. O projeto foi arquivado, pois Michelin foi derrotado na eleição municipal de 15 de novembro.
"A prefeitura desde o início assumiu a sua responsabilidade. Demos toda assistência às famílias com funeral, sepultamento, além de acompanhamento social e ajuda psicológica", diz.
Investigação
A Polícia Civil ouviu no dia 3 de dezembro os donos das empresas onde trabalhavam as vítimas do acidente. O grupo saía diariamente de Itaí, onde morava, para trabalhar na empresa Stattus Jeans Indústria e Comércio, em Taguaí.
Segundo a polícia, esta investigação é paralela à que apura como foi o acidente e verifica sobre a possível responsabilidade das fábricas de Taguaí no transporte dos funcionários.
Camila Rosa Alves, delegada titular da Polícia Civil de Taquarituba (SP), é responsável pela investigação e diz que, além da Stattus Jeans Indústria e Comércio Ltda, outras empresas que funcionam no mesmo barracão também tinham funcionários entre as vítimas da tragédia.
Ainda conforme a polícia, os empresários ouvidos negaram a relação jurídica entre as fábricas e a empresa Star Fretamento e Locação Eireli - EPP, a dona do ônibus envolvido no acidente e que não tinha autorização para operar, segundo informações da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
Mais empresários devem ser ouvidos pela polícia nos próximos dias.
Com informações do site G1





