A casinha no fundo do vale, pertinho do rio, carrega uma das histórias mais enigmáticas que eu já ouvi.
Nela morou um casal sem filhos... Eles tinham uma égua branca, que compraram ainda novinha... Muito mansinha, ela quem puxava a carrocinha e levava o casal para tudo que é lado: na venda, na cidade, nas festas, na missa na capelinha, enfim... Era a companheira do casal.

Foto: Arquivo Pessoal/João Neto
Por ser branquinha, recebeu o nome de Neblina!
E assim serviu o casal por quase trinta anos... Os três ficaram velhos juntos!
Num dia muito frio de início de inverno, tempo em que os ipês começam a florada, quando voltavam das compras, perceberam a Neblina muito estranha: não quis beber água, quando passaram pelo ribeirãozinho, durante o caminho empacou três vezes e não quis comer o capim fresquinho na beira da estrada.
Ainda comentaram: A Neblina está velha, precisamos aposentá-la, a partir de amanhã ela só vai pastar e descansar... Vou comprar outro cavalo, afirmou o caboclo.
Naquela noite gelada ouviram a Neblina pastando perto da janela do quarto, coisa que nunca fazia.
Na manhã a Neblina estava caída debaixo da janela, ali sucumbiu e descansou para a eternidade.
O casal, também serenamente, num intervalo de poucos dias foi morar com Deus.
Contam que, ainda hoje, em noites de lua mansa, escutam, pelos lados da estrada que leva à casinha, o barulho de uma carroça e as batidas das patas de um cavalo andando devagar, enquanto ouvem a voz de um casal conversando e sorrindo!
São mistérios que eu não tenho capacidade de analisar!
A conclusão deixo pra cada um!
Nela morou um casal sem filhos... Eles tinham uma égua branca, que compraram ainda novinha... Muito mansinha, ela quem puxava a carrocinha e levava o casal para tudo que é lado: na venda, na cidade, nas festas, na missa na capelinha, enfim... Era a companheira do casal.

Foto: Arquivo Pessoal/João Neto
Por ser branquinha, recebeu o nome de Neblina!
E assim serviu o casal por quase trinta anos... Os três ficaram velhos juntos!
Num dia muito frio de início de inverno, tempo em que os ipês começam a florada, quando voltavam das compras, perceberam a Neblina muito estranha: não quis beber água, quando passaram pelo ribeirãozinho, durante o caminho empacou três vezes e não quis comer o capim fresquinho na beira da estrada.
Ainda comentaram: A Neblina está velha, precisamos aposentá-la, a partir de amanhã ela só vai pastar e descansar... Vou comprar outro cavalo, afirmou o caboclo.
Naquela noite gelada ouviram a Neblina pastando perto da janela do quarto, coisa que nunca fazia.
Na manhã a Neblina estava caída debaixo da janela, ali sucumbiu e descansou para a eternidade.
O casal, também serenamente, num intervalo de poucos dias foi morar com Deus.
Contam que, ainda hoje, em noites de lua mansa, escutam, pelos lados da estrada que leva à casinha, o barulho de uma carroça e as batidas das patas de um cavalo andando devagar, enquanto ouvem a voz de um casal conversando e sorrindo!
São mistérios que eu não tenho capacidade de analisar!
A conclusão deixo pra cada um!
"Fui lembrar dessa história justamente na semana que meu maior ídolo, Renato Teixeira, esteve em Ourinhos... Ouvir Renato cantando "Casinha Branca" é quase que ritual de hipnose!"





