Uma tragédia abalou os moradores de Santa Cruz do Rio Pardo (SP) na noite da última sexta-feira (18). A jovem Sabrina Ferreira Fernandes, de 24 anos, foi encontrada morta dentro da residência onde vivia, nos fundos da casa da mãe, nas proximidades do Postão de Saúde, na região central da cidade. A vítima estava grávida de aproximadamente seis a sete meses.
Segundo o registro policial, o corpo foi localizado por um familiar do companheiro de Sabrina, um jovem de 22 anos que, no mesmo momento, estava sendo atendido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) com suspeita de intoxicação por medicamentos, após, segundo relatos, ter ingerido comprimidos de diazepam.
O padrasto do rapaz foi até a residência do casal por volta das 18h30, a pedido dele, para buscar um carregador de celular. Ao chegar, encontrou a mãe da vítima, que estranhou o comportamento da filha ao vê-la pela janela, aparentemente sentada e sem reação. Preocupado, o padrasto tentou abrir a porta, mas estava trancada. Ele então olhou pela janela e viu a jovem desfalecida. Após arrombar a porta, encontrou Sabrina suspensa por uma corda presa ao batente da porta. Ele a cortou na tentativa de socorrê-la, mas a vítima não apresentava sinais vitais.
A equipe do SAMU foi acionada e constatou o óbito no local, estimando que a morte teria ocorrido entre 1h30 e 2 horas antes da chegada da equipe. A médica responsável também confirmou que a jovem estava gestante.
De acordo com o relato do padrasto do companheiro da vítima, Sabrina enfrentava um histórico de depressão, uso de drogas (maconha e cocaína) e tentativas anteriores de suicídio, incluindo um episódio recente, ocorrido apenas dois dias antes da tragédia. A jovem mantinha uma relação estável há cerca de três anos com o companheiro, com quem teria discutido no mesmo dia. Ele deixou a casa por volta das 16h e foi trabalhar, mas acabou passando mal no serviço e foi levado para atendimento médico.
A perícia técnica foi acionada e confirmou que não havia sinais de luta corporal, apenas as marcas deixadas pela corda no pescoço. O ambiente da casa foi descrito como desorganizado, conforme informado por familiares, condizendo com os hábitos da vítima. Um molho de chaves foi encontrado do lado de fora da casa, mas, segundo a mãe, nenhuma delas servia para abrir a porta da residência.
O corpo foi removido pela Funerária Rainha da Paz e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização do exame necroscópico. O companheiro da vítima, devido ao seu estado de saúde, ainda não pôde prestar depoimento. A Polícia Civil aguarda novos elementos para esclarecer os fatos, mas, inicialmente, o caso foi registrado como suicídio.

Matéria atualizada*





