Justiça de SP absolve Felipe Prior de acusação de estupro em caso de 2018; ex-BBB ainda responde por outras denúncias

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A Justiça de São Paulo absolveu, nesta sexta-feira (27), o arquiteto e ex-participante do Big Brother Brasil 20, Felipe Prior, da acusação de estupro envolvendo uma jovem durante os jogos universitários InterFAU, realizados em setembro de 2018, no município de Itapetininga (SP). A decisão ainda cabe recurso.

A informação foi confirmada ao portal g1 pelo advogado de Prior, Renato Stanziola Vieira. Segundo ele, o juiz agiu de forma "correta e isenta", distinguindo o necessário combate à misoginia das exigências legais na apuração criminal. Como o processo tramita em segredo de Justiça, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo informou que não pode divulgar detalhes do caso, que são restritos às partes envolvidas e seus respectivos advogados.

Relembre o caso
A denúncia foi divulgada em 2020, dois anos após o suposto crime. Na época, a vítima relatou que Felipe Prior teria se aproveitado de seu estado de embriaguez para forçar atos libidinosos e consumar a relação sexual com uso de violência, mesmo diante de seu choro e resistência. O caso causou grande repercussão pública, especialmente após a participação de Prior no BBB 20.

Outras acusações
Apesar da absolvição neste caso, Felipe Prior ainda responde a outras três acusações na Justiça de São Paulo, sendo já condenado em duas delas. Em setembro de 2024, ele foi condenado em segunda instância a oito anos de prisão em regime semiaberto por um estupro ocorrido em agosto de 2014.

Segundo a decisão da 7ª Vara Criminal da capital paulista, Prior estuprou uma jovem após uma festa universitária. Ele teria dado carona à vítima e a uma amiga, deixado a colega em casa e, em seguida, forçado a vítima ao ato sexual dentro do carro. A vítima estava alcoolizada e não conseguiu resistir. A sentença considerou o depoimento de 19 pessoas, entre testemunhas e envolvidos, e apontou convergência nos relatos e provas como fundamentais para a condenação.

Além deste, Prior é réu por um estupro ocorrido em 2016 e por uma tentativa de estupro em 2018. As denúncias foram formalizadas pelo Ministério Público em 2020, ano em que ele passou a responder formalmente às acusações.

Os casos mais recentes ainda estão em andamento, sob sigilo judicial, e os processos tramitam em diferentes comarcas, conforme o local de ocorrência dos crimes.

Defesa e repercussão
A defesa de Felipe Prior insiste na inocência do arquiteto em todos os casos e afirma que irá recorrer da condenação de 2024. As advogadas da vítima no caso absolvido nesta sexta-feira não se manifestaram até a última atualização da reportagem.

O caso segue gerando repercussão e levanta novamente o debate sobre denúncias de violência sexual, principalmente em ambientes universitários e festas estudantis, onde muitas vezes o consumo de álcool está associado à vulnerabilidade das vítimas.