Justiça decreta prisão preventiva do rapper Oruam por associação ao tráfico e outros crimes no RJ

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A juíza Ane Cristine Scheele Santos decretou nesta terça-feira (22) a prisão preventiva do rapper Oruam — nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno — por uma série de crimes, incluindo tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, ameaça, lesão corporal e dano ao patrimônio público.

A decisão foi tomada após um episódio envolvendo a frustração de uma operação policial no Joá, Zona Oeste do Rio, na residência do cantor, onde a polícia tentava cumprir um mandado contra um adolescente de 17 anos conhecido como Menor Piu, apontado como ladrão de veículos e segurança de um dos chefes do Comando Vermelho.

Durante a ação, segundo a Polícia Civil, Oruam e outras pessoas atacaram agentes, arremessaram pedras, xingaram os policiais e ajudaram o menor a fugir. O rapper também teria feito postagens nas redes sociais incitando apoio de motociclistas e desafiando as autoridades.

O secretário de Polícia Civil do RJ, delegado Felipe Curi, foi categórico: “Oruam é um marginal, criminoso, ligado ao Comando Vermelho, que atua conscientemente para frustrar ações do Estado”. Ele relacionou o artista ao tráfico e ao pai dele, Marcinho VP, líder da facção, preso em regime federal.

A juíza justificou a prisão preventiva alegando risco à ordem pública e existência de indícios suficientes de autoria e materialidade.

A defesa do artista afirma que ainda não teve acesso ao inquérito e, por isso, não irá se manifestar no momento.

Reincidência
Essa não é a primeira vez que Oruam enfrenta problemas com a Justiça. Em fevereiro deste ano, foi preso por abrigar um foragido da Justiça com arma de uso restrito em sua casa. Também responde por disparo de arma de fogo em um condomínio em São Paulo, em 2023.

Atualmente, o rapper estaria escondido no Complexo da Penha, reduto da facção criminosa Comando Vermelho.