A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu a condenação de 14 réus em um dos processos da Operação Integração, que investiga um suposto esquema criminoso na gestão de concessões de rodovias federais no Paraná.
As alegações finais do Ministério Público Federal (MPF) foram apresentadas na terça-feira (7). A denúncia é de abril de 2018.
Entre os réus estão os colaboradores Nelson Leal Júnior, ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagem (DER-PR), Hélio Ogama, ex-presidente da concessionária Econorte, os empresários Marcelo José Abbud e Adir Assad, além funcionários públicos e da concessionária (ligada ao Grupo Triunfo).
Segundo o MPF, os fatos investigados envolvem a participação em organização criminosa, estelionato, peculato e lavagem de dinheiro - praticada de diversas formas, como por meio de empresas "noteiras", aquisição de imóveis, movimentação de dinheiro em espécie, contratos superfaturados e operadores financeiros.
As alegações finais apontam que a atividade do grupo era voltada ao desvio de recursos arrecadados pela concessionária Econorte e que seriam destinados ao investimento em melhorias e manutenção de rodovias federais.
Relmbre: Aumento do pedágio de Jacarezinho (PR)
Para os procuradores da Lava Jato, os réus agiam em prejuízo do interesse público e do patrimônio da União, "gerando benefícios indevidos ao Grupo Triunfo e aos membros da organização criminosa, incluindo os agentes públicos destinatários da propina".
O MPF também pediu a condenação dos réus à reparação dos danos causados pelos crimes investigados, no valor mínimo de R$ 126 milhões - que correspondem ao valor da lavagem de dinheiro, além do dinheiro de desvios da Econorte, no montante de R$ 31 milhões.
Além disso, os réus também podem ser multados, o que é definido pela Justiça conforme critérios do Código Penal.
Informações G1






