O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou a reeleição de Nicolás Maduro com 51,2% dos votos. No entanto, a oposição contesta o resultado, afirmando que seu candidato, Edmundo González, obteve 70% dos votos e Maduro, 30%. Segundo o CNE, o principal adversário de Maduro recebeu 44% dos votos.
O site do CNE permaneceu fora do ar por cinco horas, até pouco antes das 7h desta segunda-feira, 29, após um suposto ataque cibernético. Maduro acusou o ataque de ser uma tentativa de "evitar que a população tivesse acesso aos resultados". Atualmente, 80% dos votos foram apurados.
Resultados de duas pesquisas de boca de urna divulgadas pela agência Reuters indicavam vitória de Gonzáles por larga vantagem.
O site do CNE permaneceu fora do ar por cinco horas, até pouco antes das 7h desta segunda-feira, 29, após um suposto ataque cibernético. Maduro acusou o ataque de ser uma tentativa de "evitar que a população tivesse acesso aos resultados". Atualmente, 80% dos votos foram apurados.
Resultados de duas pesquisas de boca de urna divulgadas pela agência Reuters indicavam vitória de Gonzáles por larga vantagem.
"Queremos dizer ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González", disse Maria Corina Machado, a líder da oposição que foi impedida pelo regime de Maduro de disputar a eleição.
Em breve discurso, González – que assumiu a candidatura após o impedimento de Maria Corina – disse que "não descansaremos até que a vontade popular seja respeitada".

Gonzáles e Maria Corina Machado (Foto: Reprodução)
De acordo com o CNE, 59% dos eleitores participaram da votação – 13 pontos acima dos 46% registrados em 2018, quando Maduro conquistou seu segundo mandato em um pleito marcado por denúncias de fraude, boicote da oposição e alta abstenção.
Líderes internacionais, incluindo o presidente russo Vladimir Putin e o Ministério das Relações Exteriores da China, parabenizaram Maduro pela vitória. Presidentes de Nicarágua, Honduras e Cuba também expressaram felicitações.
Durante seu discurso, Maduro chamou o presidente argentino, Javier Milei, de "bicho covarde e traidor da pátria".
A oposição, liderada por González, prometeu continuar a luta até que a "vontade do povo" seja respeitada. Diversas autoridades internacionais, como Josep Borrell Fontelles, vice-presidente da Comissão da União Europeia, e o ministro do Exterior da Espanha, José Manuel Albares, pediram uma contagem transparente dos votos e a apresentação das atas de todas as mesas eleitorais.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, expressou ceticismo em relação à vitória de Maduro, destacando a necessidade de total transparência no processo eleitoral para garantir a veracidade dos resultados. Boric afirmou que o Chile não reconhecerá resultados que não sejam verificáveis.
Com o resultado, Maduro – um ex-motorista de ônibus de 61 anos que se tornou chanceler da Venezuela – deve permanecer mais seis anos no poder em Caracas, chegando a 17 anos no comando do país. Hugo Chávez governou a Venezuela por 14 anos até sua morte, em 2013.





