A técnica de enfermagem, Regina Lino de Oliveira, moradora em Ipaussu (27 km de Ourinhos), mãe do adolescente Jhônatan Isaque Lino de Oliveira, de 13 anos, que faleceu, no último dia 5 de janeiro, após sofrer um mal súbito (causa indeterminada), na casa da avó em Itapetininga, disse ao Passando a Régua, nesta quinta-feira, 13, desconhecer a responsável pelo áudio, que viralizou em grupos de WhatsApp, nesta semana, afirmando que a causa da morte do garoto seria a vacina contra a Covid-19. (confira o áudio que viralizou acima)
Em entrevista exclusiva ao Passando a Régua, Regina disse que também recebeu o áudio de uma mulher desconhecida, moradora na capital paulista, que a perguntou se era mesmo verdade o que esta pessoa fala no áudio.
O Passando a Régua também não conseguiu descobrir quem é a mulher por trás da voz do áudio. Ela aparenta estar enviando a informação para a sua família e conta que um menino “de 12 anos”, que é uma informação incorreta, pois Jhônatan tinha 13 anos e iria fazer 14 anos no próximo dia 15 de fevereiro, recebeu a 2ª dose da Pfizer em novembro e faleceu, sem ter nenhum problema de saúde, em decorrência da vacina. No áudio a mulher pede para os pais não vacinarem os filhos.
“Eu não conheço a voz da mulher que está no áudio, nunca ouvi antes e com certeza ela nunca estudou comigo e também não me conhece. Acho que deve ser uma oportunista que viu o que aconteceu comigo no Facebook e está usando pra fazer algum tipo de politicagem ou militância contra a vacina”, destacou Regina, que não acredita que o seu filho tenha morrido em decorrência da vacina.
“Não acho que o que aconteceu com meu filho tem a ver com a vacina, pois ele tomou as duas doses e não teve reação nenhuma. Eu, como trabalho dentro de uma UTI adulto e Covid, nunca falaria para alguém não tomar a vacina. Eu tomei todas as doses e na minha casa todos tomamos e não tivemos reação nenhuma em relação a vacina. Infelizmente eu não sei o que aconteceu com meu filho. O atestado de óbito está causa indeterminada. Só isso que eu sei”, disse a mãe de Jhônatan, que não sofria de nenhuma comorbidade.
As únicas informações que a mulher do áudio acerta é que o garoto é morador de Ipaussu e que ele tomou a 2ª dose da vacina contra a Covid-19 em novembro de 2021.
O garoto nasceu em Itapetininga, mas estava há nove anos morando em Ipaussu, com a mãe, o seu padrasto e sua irmãzinha, uma bebê de 7 meses. No dia que faleceu, ele curtia as férias com o pai em Itapetininga, mas estava na casa da avó, mãe de Regina. A técnica de enfermagem revelou que o filho tinha o colesterol e triglicérides, mas estava controlado, pois fazia uso de medicamentos.
“Ele estava brincando na casa da avó, simplesmente parou, caiu desmaiado e não voltou mais. Ele não tinha problema cardíaco, mas tinha colesterol e triglicérides, porém o médico que fez o atendimento, disse que isso não foi a causa, já que era controlado, pois ele tomava o remédio certinho”, contou a mãe.
Perguntamos se o garoto apresentou algum sintoma após a vacina, ou nestes últimos dias. Regina foi categórica em dizer, que “não. Nada”.
O menino faleceu às 19h01 do dia 5 de janeiro de 2022 e foi sepultado às 17h do dia 6 de janeiro, no Cemitério de Itapetininga, onde nasceu e tem familiares. Não foi realizada a autópsia, que poderia revelar mais detalhes sobre o falecimento e talvez determinar a causa da morte de Jhônatan.
“Não fizeram, não quiseram mandar o corpo pra autópsia, por mim teria mandado, quando cheguei lá, o médico pediu autorização e eu dei, depois ele falou que não ia mais mandar, o pai estava muito nervoso passando mal. E isso demora para poder devolver o corpo...daí não foi feito. Por isso no atestado está causa indeterminada. Nem infarto tem no atestado. Ele não sabe dizer se foi um infarto fulminante ou uma PCR (Parada Cardiorrespiratória).






