O Ministério da Defesa informou nesta terça-feira, 7, pelas redes sociais, que irá entregar nesta quarta-feira, 9, ao TSE o relatório da fiscalização do sistema eletrônico de votação, ou seja, das urnas eletrônicas. O trabalho foi realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas.
O anúncio confirma rumores que circulavam entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, inconformados com a vitória de Lula nas urnas no dia 30.
A pasta é comandada pelo general Paulo Sérgio Nogueira.
De acordo com informações divulgadas por veículos de imprensa de Brasília, no documento, os encarregados pela fiscalização apontarão inconsistências no processo eleitoral e sugestões para futuros pleitos. Devem ainda dizer que não receberam total abertura do TSE para a implantação de mudanças práticas. O documento, porém, não deverá ser conclusivo nem peremptório sobre a validade do pleito deste ano.
O TSE convidou as Forças Armadas, em agosto de 2021, para compor a comissão eleitoral externa de acompanhamento do trâmite das eleições de 2022. Na semana anterior ao 2º turno, o presidente e candidato derrotado à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse que “as Forças Armadas não fazem auditoria” das urnas e declarou que essa não era uma atribuição da comissão de fiscalização.
Em 2021, por diversas vezes, e em mais raras vezes em 2022, Bolsonaro defendeu a adoção do voto impresso, mas a proposta foi rejeitada na Câmara dos Deputados. Em novembro de 2021, o presidente declarou que a participação das Forças Armadas no processo eleitoral tornaria quase impossível uma fraude na eleições de 2022 e acabaria com a suspeitas.