Operação prende quadrilha suspeita de participação em esquema de tráfico de drogas na região

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A sexta fase da Operação Conexão prendeu preventivamente seis pessoas, entre elas uma mulher, em Tupã (SP) (170 km de Ourinhos), na tarde desta quinta-feira, 3. Mais de R$ 700 mil, quase meia tonelada de drogas, veículos, embarcações e aviões já foram apreendidos em outras etapas.

Duas pessoas, suspeitas de envolvimento com o esquema de tráfico de drogas, que também foram alvo da Delegacia de Investigações Contra Entorpecentes (Dise) do município nesta quinta-feira, seguem foragidas.

Detalhes da sobre a mais recente fase da ação coordenada serão divulgados nos próximos dias, segundo a Polícia Civil, em um balanço completo. Durante as apurações houve apoio de outras forças policiais, inclusive de outros estrados.

A investigação começou em janeiro de 2022 e descobriu uma associação criminosa promovendo o transporte, segundo a Dise, de “grandes quantidades de cocaína e crack para grandes centros consumidores no estado de São Paulo”.

Um dos chefes do grupo criminoso morreu de Covid durante a investigação, mas os integrantes do esquema o substituíram e seguiram com a operação, conforme apontou a apuração policial.

Uma das fases anteriores da Operação Conexão apreendeu carregamento com mais de 400 quilos de cocaína e crack em meio a uma carga de cebolas, na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Tupã.

Anteriormente já foram cumpridos mandados em cidades como Panorama, Dracena, Tupi Paulista, Birigui, Rancharia e Herculândia (SP).

Além de dinheiro vivo, a operação já apreendeu moto aquática, implementos e defensivos agrícolas, tratores, motocicletas, propriedades rurais e outros imóveis, todos adquiridos com dinheiro do tráfico de drogas, conforme a Polícia Civil.

Durante as investigações uma aeronave foi apreendida em Campos Novos do Parecis (MT) e outra está retida pela polícia em um hangar em Birigui (SP). Outro avião utilizado pelos suspeitos caiu em Junqueirópolis (SP), há dois anos.

Operação Overlord combate o tráfico internacional de drogas em SP e PR

Em Guaíra, no interior do Paraná, cerca de 100 policiais federais cumprem de 29 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal-PR, sendo 18 de busca e apreensão e 11 de prisão preventiva. A ação deflagrada nesta sexta-feira (4) faz parte da Operação Overlord, com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada no tráfico internacional de entorpecentes.

A droga era transportada a partir da região de Guaíra e tinha como destino a cidade de São Paulo. Os agentes também cumprem mandados nas cidades paranaenses de Terra Roxa, Xambrê, além da capital paulista, Barueri (SP), Itupeva (SP) e Jundiaí (SP).

Segundo a PF, a investigação durou aproximadamente um ano e, durante esse período, foram feitos três flagrantes da atuação do grupo investigado. No total, foram apreendidas mais de uma tonelada de cocaína e 1,2 tonelada de maconha.

O grupo utilizava empresas de transporte de fachada, cujos sócios eram laranjas que sabiam do esquema. Fretes de mercadorias lícitas eram contratados para dissimular o carregamento de drogas em fundos falsos, instalados nos caminhões. Outra prática constatada era a transferência de propriedade dos veículos utilizados para o transporte e para “bater” a carga entre os integrantes da organização.

“As atividades delituosas promoveram forte enriquecimento, especialmente dos líderes da organização, permitindo a compra de imóveis, automóveis, dentre outros bens de alto valor. Desse modo, além dos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, a operação tem como objetivo descapitalizar a organização criminosa, tendo sido determinado o sequestro de bens móveis e imóveis ligados a 19 investigados, o bloqueio de contas em nome das pessoas físicas e jurídicas vinculadas, em especial dos líderes, e ainda o bloqueio de 45 veículos de propriedade de seus membros”, detalhou a PF em nota.

Os envolvidos deverão responder pela prática de tráfico de drogas, associação para o tráfico e participação em organização criminosa. Somadas, as penas previstas podem ultrapassar 33 anos de prisão.

Fonte: Agência Brasil