PCPR e PMPR prendem sete pessoas e apreendem mais de 22 mil garrafas de cerveja falsificada em Cambará

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Uma operação conjunta entre a Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Militar do Paraná (PMPR) resultou na prisão de sete pessoas nesta quarta-feira (6), em Cambará, no Norte do Estado. Os detidos são suspeitos de participar de um esquema criminoso de falsificação de rótulos de cerveja.

Durante a ação, batizada de “Operação BOA”, foram apreendidas 22,3 mil garrafas de cerveja com rótulos adulterados. De acordo com a delegada Renata Cintra, responsável pelo caso, o grupo comprava cervejas de marcas mais baratas, removia os rótulos originais e aplicava rótulos de marcas conhecidas, com o objetivo de enganar os consumidores.

A fraude vinha sendo realizada em um barracão no município desde novembro de 2024. A cerveja chegava de Londrina em caminhões, era adulterada no local e depois distribuída para os estados de Minas Gerais e São Paulo.

Os sete suspeitos foram presos em flagrante e responderão por organização criminosa e fraude na comercialização de produtos.

Denúncias sobre atividades semelhantes podem ser feitas de forma anônima pelos telefones 197 (PCPR) e 181 (Disque-Denúncia). Em caso de flagrante, a Polícia Militar deve ser acionada pelo número 190.


 Como funcionava o esquema, de acordo com a polícia
Ao site g1, a delegada Renata Cintra explicou que o barracão era usado desde novembro de 2024 para a adulteração. Ele foi descoberto depois que um policial civil percebeu a movimentação no local e iniciou uma investigação.

"Ele ficou campanando neste barracão. [...] Entrou uma grande quantidade de pessoas com marmita, dando a entender que elas iriam passar o dia lá. E eram pessoas estranhas aqui, para a gente, não eram trabalhadores que a gente tem costume de ver aqui em Cambará", contou a delegada Renata Cintra ao g1.

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão no barracão, foi identificado que a maioria das pessoas que estavam trabalhando para o esquema era de Tocantins e Goiás.

Foi apurado pela polícia que caminhões de Londrina levavam as garrafas até Cambará - onde os rótulos eram trocados - e, em seguida, eram distribuídas para Minas Gerais e São Paulo.

A investigação continua com a suspeita de que o esquema é comandado por uma pessoa que mora em Ourinhos, cidade do estado de São Paulo.

Não é descartada a possibilidade de que bares e empresas que compraram a cerveja falsificada sabiam da origem ilícita.
O caso continua sendo investigado.