A Polícia Federal (PF) concluiu que a tentativa de golpe de Estado articulada após a derrota eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fracassou devido à resistência dos comandantes do Exército e da Aeronáutica. Segundo o relatório, os generais Freire Gomes, do Exército, e Carlos de Almeida Baptista Júnior, da Aeronáutica, “permaneceram fiéis aos valores do Estado Democrático de Direito” e rejeitaram as pressões golpistas, mesmo diante de intensa pressão exercida pelo então presidente e seu núcleo próximo.
A investigação aponta que o golpe não foi consumado por "circunstâncias alheias à vontade" de Bolsonaro. O documento foi tornado público nesta terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para avaliação sobre possíveis denúncias contra os indiciados.
Organização criminosa e divisão de núcleos
O relatório detalha que uma organização criminosa começou a operar em 2019 com o objetivo de desestabilizar o Estado Democrático de Direito, garantindo a manutenção de Bolsonaro no poder por meio de uma ruptura institucional. Foram identificados seis núcleos de atuação:
A investigação aponta que o golpe não foi consumado por "circunstâncias alheias à vontade" de Bolsonaro. O documento foi tornado público nesta terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para avaliação sobre possíveis denúncias contra os indiciados.
Organização criminosa e divisão de núcleos
O relatório detalha que uma organização criminosa começou a operar em 2019 com o objetivo de desestabilizar o Estado Democrático de Direito, garantindo a manutenção de Bolsonaro no poder por meio de uma ruptura institucional. Foram identificados seis núcleos de atuação:
- Desinformação e ataque ao sistema eleitoral: disseminação de mentiras sobre supostas falhas nas urnas eletrônicas;
- Incitação de militares: tentativas de persuadir membros das Forças Armadas a aderirem ao golpe;
- Embasamento jurídico: fornecimento de justificativas legais para as ações golpistas;
- Apoio às ações: logística e suporte operacional;
- Inteligência paralela: espionagem e coleta de informações clandestinas;
- Medidas coercitivas: planejamento de ações extremas, incluindo prisões e execuções.
Planos extremos e o "Punhal Verde Amarelo"
O relatório revela que o grupo golpista planejou ações clandestinas, como a prisão ou execução de Alexandre de Moraes, além do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin. O plano, denominado "Punhal Verde Amarelo", teve um ápice em 15 de dezembro de 2022, quando se aguardava a assinatura de um decreto golpista por Bolsonaro.
A PF destacou que as reuniões para articular o golpe ocorreram na residência do general Braga Netto, então ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro. O apoio de Paulo Sérgio, então ministro da Defesa, e do comandante da Marinha, Almir Garnier, foi registrado, mas a falta de adesão do general Freire Gomes e de Baptista Júnior minou a confiança do grupo para avançar.
Resistência e desdobramentos
A recusa dos comandantes do Exército e da Aeronáutica em apoiar a tentativa de golpe resultou em ataques pessoais contra eles, promovidos pelo núcleo de incitação militar sob ordens de Braga Netto. Para a PF, essa resistência foi decisiva para evitar a ruptura institucional planejada.
O relatório agora será analisado pela PGR, que decidirá sobre possíveis denúncias contra Bolsonaro e outros envolvidos, incluindo seu núcleo jurídico e operacional. A investigação reforça a gravidade das tentativas de desestabilização do regime democrático no Brasil.
O relatório revela que o grupo golpista planejou ações clandestinas, como a prisão ou execução de Alexandre de Moraes, além do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin. O plano, denominado "Punhal Verde Amarelo", teve um ápice em 15 de dezembro de 2022, quando se aguardava a assinatura de um decreto golpista por Bolsonaro.
A PF destacou que as reuniões para articular o golpe ocorreram na residência do general Braga Netto, então ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro. O apoio de Paulo Sérgio, então ministro da Defesa, e do comandante da Marinha, Almir Garnier, foi registrado, mas a falta de adesão do general Freire Gomes e de Baptista Júnior minou a confiança do grupo para avançar.
Resistência e desdobramentos
A recusa dos comandantes do Exército e da Aeronáutica em apoiar a tentativa de golpe resultou em ataques pessoais contra eles, promovidos pelo núcleo de incitação militar sob ordens de Braga Netto. Para a PF, essa resistência foi decisiva para evitar a ruptura institucional planejada.
O relatório agora será analisado pela PGR, que decidirá sobre possíveis denúncias contra Bolsonaro e outros envolvidos, incluindo seu núcleo jurídico e operacional. A investigação reforça a gravidade das tentativas de desestabilização do regime democrático no Brasil.