A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou, no fim da tarde desta segunda-feira (30) que a Polícia Federal (PF) investigará a ocorrência de ataques a bancos na cidade de Araçatuba no interior de São Paulo, ocorrida no início da madrugada de hoje.
Cerca de 380 policiais estão na região do município, no noroeste do estado, para localizar os criminosos que atacaram duas agências bancárias no centro da cidade. Com apoio de equipes de Bauru, São José do Rio Preto e Presidente Prudente, policiais militares e civis lotados em Araçatuba participam das diligências.
Uma equipe do Grupo de Ações Tática Especiais continua em operação no município para desarmar 16 explosivos em pontos diferentes – 12 haviam sido desativados até as 17h20 desta segunda-feira, 30. Três pessoas foram mortas durante a ação dos bandidos e seis ficaram feridas, quatro em estado grave, segundo a Santa Casa de Araçatuba.
A Polícia Militar (PM) informou que pelo menos duas agências bancárias tiveram caixas danificados por ação de explosivos e que outras agências foram alvo de disparos de arma de fogo.
“Os infratores da lei usaram transeuntes que passavam no local como escudo humano para transitar a pé e com os veículos utilizados na ação criminosa e utilizaram drones para monitorar toda a ação, tanto na chegada ao perímetro urbano quanto na fuga para a zona rural. Foram deixados explosivos em pelo menos 14 pontos da cidade, incluindo um caminhão carregado com emulsão em frente a uma das agências atacadas”, informou a PM em nota divulgada à imprensa.
Durante a fuga, os veículos usados na ação foram deixados para trás com munição e armas de grosso calibre, como fuzis calibre .50 e 7.62, além de “miguelitos”, que são artefatos de metal utilizados para furar pneus de veículos.
Segunda a guarnição da PM em Araçatuba, ainda não há um número exato de suspeitos, “mas estima-se que a ação tenha contado com pelo menos 15 deles no centro da cidade”.
Uma das vítimas da quadrilha que atacou agências bancárias e fez moradores de Araçatuba (SP) reféns foi morta ao filmar a ação dos bandidos na madrugada desta segunda-feira (30).
Pelo menos três pessoas morreram, segundo a Polícia Civil, sendo dois moradores e um criminoso. Dois suspeitos foram presos.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a suspeita é de que Renato Bortolucci, proprietário de um posto de combustíveis da cidade, filmava a ação dos criminosos quando foi morto. Ele deixa a esposa e duas filhas.
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Renato Bortolucci (Foto: Reprodução)
Os policiais acreditam que ele foi surpreendido pelos criminosos em um carro, pois o veículo dele foi encontrado sobre a calçada e com a marcha ré engatada.
Além de Renato, um dos moradores que morreu na ação criminosa é o personal trainer Márcio Victor. Márcio é filho de um investigador da Polícia Civil. A polícia não informou como ele morreu baleado.
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Márcio Victor (Foto: Reprodução)
A identidade do suspeito que morreu na troca de tiros com a polícia não foi informada.
Além dos mortos, cinco pessoas ficaram feridas, segundo boletim divulgado pela Santa Casa da cidade.
Segundo o hospital, quatro pessoas foram socorridas com ferimentos e levadas ao hospital. Uma delas foi um rapaz de 26 anos que teve os dois pés amputados após acionar um explosivo.
Confira a situação dos feridos:
- Homem de 28 anos: baleado no abdome. Quadro clínico dele é considerado estável;
- Homem de 31 anos: baleado nos braços e no rosto. Quadro clínico dele é considerado grave;
- Homem de 38 anos: baleado nas pernas, braços e de raspão na cabeça. Quando clínico dele é considerado grave;
- Homem de 26 anos: ferido por explosivo. Teve os dois pés e os dedos das mãos amputados. Quadro clínico dele é considerado grave;
- Homem de 45 anos: baleado na região dos glúteos. Foi medicado e recebeu alta.





