Professor de Jiu-Jitsu é atacado com soda cáustica após denúncia de abuso sexual contra aluna de 14 anos em Marília

Compartilhe:
Um caso de violência e abuso sexual chocou Marília (SP), cidade que a 90 quilômetros de Ourinhos, nesta terça-feira, 8. Um professor de Jiu-Jitsu, de 37 anos, acusado de assédio sexual e estupro contra uma aluna de 14 anos, foi atacado com soda cáustica pela mãe da adolescente. O homem sofreu queimaduras graves nos olhos e corre risco de perder a visão. A mãe, de 34 anos, foi presa em flagrante e, após audiência de custódia nesta quarta-feira, 9, a Justiça decidiu mantê-la em prisão preventiva.

Denúncia de abuso sexual contra o professor
De acordo com o boletim de ocorrência, a adolescente relatou que o professor a assediava há algum tempo, incluindo:
  • Agarrando-a pelo braço e beijando seus seios sem consentimento.
  • Exigindo fotos íntimas por mensagens em redes sociais.
  • Aplicando castigos físicos durante os treinos quando ela se recusava a enviar as imagens.
As mensagens eram apagadas automaticamente para evitar rastros, mas uma tia da vítima conseguiu capturar prints, que agora servem como provas no inquérito policial. A Polícia Civil deve investigar se há mais vítimas do instrutor, que lecionava em uma academia na Rua Araraquara, no bairro Alto Cafezal (zona oeste de Marília).

Ataque com soda cáustica e prisão da mãe
Ao tomar conhecimento dos abusos, a mãe da adolescente foi até a academia e, em um ato de revolta, jogou soda cáustica no rosto do professor. Duas outras pessoas que estavam no local – uma instrutora e uma mãe de aluno – também foram atingidas, sofrendo queimaduras nos braços, mãos e tórax.

O professor foi levado com urgência ao Hospital das Clínicas de Marília. Devido à gravidade das lesões – a soda cáustica é altamente corrosiva e tóxica –, ele pode perder a visão.

A mulher foi autuada em flagrante por lesão corporal gravíssima (art. 129, §2º, do Código Penal). Na audiência de custódia, o juiz negou liberdade provisória, convertendo a prisão em preventiva.

Defesa pede revogação da prisão
A advogada da mãe, Dra. Taynara Pereira dos Santos Arruda, anunciou que entrará com pedido para revogar a prisão preventiva, argumentando que:
  • A mulher não tem antecedentes criminais.
  • É arrimo de família (cria sozinha duas filhas menores).
  • Agiu sob violenta emoção ao descobrir o abuso contra a filha.
Situação da adolescente e investigações
Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde da vítima de 14 anos. A Polícia Civil deve aprofundar as investigações para apurar:
  • Se o professor cometeu outros abusos.
  • Se a academia tinha conhecimento dos crimes.
O que diz a lei?
  • O professor pode responder por estupro de vulnerável (pena de 8 a 15 anos).
  • A mãe responde por lesão corporal gravíssima (pena de 2 a 8 anos).
Delegacia da Mulher (DDM) de Marília deve continuar as investigações. Vítimas de abuso podem denunciar pelo Disque 100 ou na Delegacia mais próxima.

Atualização: O caso segue em aberto, com possibilidade de novas vítimas surgirem. A Justiça ainda deve decidir sobre o pedido de liberdade da mãe.