A Raízen, uma das maiores empresas do setor sucroenergético do país, anunciou nesta terça-feira, 15, a suspensão das operações da tradicional Usina Santa Elisa, localizada em Sertãozinho (SP), por tempo indeterminado. Fundada em 1936, a unidade é uma das mais antigas e relevantes do setor, com capacidade de moagem de cerca de 6,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e 36,4 mil hectares de lavoura.
A decisão, segundo comunicado divulgado ao mercado, faz parte da estratégia da companhia de “reciclagem do portfólio de ativos para captura de eficiência agroindustrial”. A suspensão, no entanto, ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Como parte do processo, a Raízen celebrou contratos para a venda de até 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar com outras usinas da região, entre elas Usina Alta Mogiana, Usina Bazan, Usina Batatais, São Martinho, Pitangueiras Açúcar e Álcool, e Viralcool. O valor da transação foi estimado em até R$ 1,045 bilhão. Os recursos, segundo a empresa, serão utilizados para reduzir o endividamento, cujo montante não foi revelado. O múltiplo implícito do negócio é de aproximadamente US$ 53 por tonelada de cana-de-açúcar, excluindo os ativos industriais.
Entre os acordos, a São Martinho (SMTO3) confirmou a compra de aproximadamente 10.600 hectares de cana vinculados à Santa Elisa, por até R$ 242 milhões. A empresa prevê que essa área poderá render cerca de 600 mil toneladas de cana na safra 2026/27 e até 800 mil toneladas a partir de 2028/29.
Trabalhadores e sindicato
O anúncio da suspensão pegou muitos funcionários de surpresa. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a presença de equipes da Polícia Militar na entrada da usina e trabalhadores demonstrando perplexidade com a decisão. Questionada pela imprensa, a Raízen preferiu não divulgar o número total de colaboradores impactados.
A Prefeitura de Sertãozinho informou que cerca de 1.200 funcionários atuam na unidade. Já o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Açúcar, da Alimentação e Afins de Sertãozinho e Região estima que até 2 mil trabalhadores possam ser afetados direta ou indiretamente pela medida.
Em reunião realizada nesta quarta-feira (16), representantes do sindicato e da empresa firmaram um acordo que prevê o pagamento de verbas rescisórias e abonos, além da manutenção de benefícios por tempo determinado para os funcionários desligados.
Futuro incerto da unidade
Apesar de não haver uma confirmação de fechamento definitivo, a paralisação por tempo indeterminado e a venda massiva de contratos de fornecimento de cana indicam um redirecionamento das operações da Raízen. A empresa afirmou que manterá o mercado informado sobre desdobramentos relevantes.
Com quase nove décadas de história, a Usina Santa Elisa teve papel importante no desenvolvimento econômico da região de Sertãozinho, sendo responsável por geração de empregos e produção de açúcar, etanol e energia elétrica a partir da biomassa da cana.
A suspensão de suas atividades marca uma mudança significativa no cenário agroindustrial paulista e acende alerta sobre os impactos sociais e econômicos na cidade. O sindicato e autoridades locais seguem acompanhando o caso e buscando alternativas para minimizar os danos à comunidade.
A decisão, segundo comunicado divulgado ao mercado, faz parte da estratégia da companhia de “reciclagem do portfólio de ativos para captura de eficiência agroindustrial”. A suspensão, no entanto, ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Como parte do processo, a Raízen celebrou contratos para a venda de até 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar com outras usinas da região, entre elas Usina Alta Mogiana, Usina Bazan, Usina Batatais, São Martinho, Pitangueiras Açúcar e Álcool, e Viralcool. O valor da transação foi estimado em até R$ 1,045 bilhão. Os recursos, segundo a empresa, serão utilizados para reduzir o endividamento, cujo montante não foi revelado. O múltiplo implícito do negócio é de aproximadamente US$ 53 por tonelada de cana-de-açúcar, excluindo os ativos industriais.
Entre os acordos, a São Martinho (SMTO3) confirmou a compra de aproximadamente 10.600 hectares de cana vinculados à Santa Elisa, por até R$ 242 milhões. A empresa prevê que essa área poderá render cerca de 600 mil toneladas de cana na safra 2026/27 e até 800 mil toneladas a partir de 2028/29.
Trabalhadores e sindicato
O anúncio da suspensão pegou muitos funcionários de surpresa. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a presença de equipes da Polícia Militar na entrada da usina e trabalhadores demonstrando perplexidade com a decisão. Questionada pela imprensa, a Raízen preferiu não divulgar o número total de colaboradores impactados.
A Prefeitura de Sertãozinho informou que cerca de 1.200 funcionários atuam na unidade. Já o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Açúcar, da Alimentação e Afins de Sertãozinho e Região estima que até 2 mil trabalhadores possam ser afetados direta ou indiretamente pela medida.
Em reunião realizada nesta quarta-feira (16), representantes do sindicato e da empresa firmaram um acordo que prevê o pagamento de verbas rescisórias e abonos, além da manutenção de benefícios por tempo determinado para os funcionários desligados.
Usina Santa Elisa, tradicional no interior de SP, quebrou, deixando até 2.000 desempregados. Segundo a Raizen, faz parte de uma reestruturação de negócios. pic.twitter.com/p1KGhAnImN
— Rafael Fontana (@RafaelFontana) July 16, 2025
Futuro incerto da unidade
Apesar de não haver uma confirmação de fechamento definitivo, a paralisação por tempo indeterminado e a venda massiva de contratos de fornecimento de cana indicam um redirecionamento das operações da Raízen. A empresa afirmou que manterá o mercado informado sobre desdobramentos relevantes.
Com quase nove décadas de história, a Usina Santa Elisa teve papel importante no desenvolvimento econômico da região de Sertãozinho, sendo responsável por geração de empregos e produção de açúcar, etanol e energia elétrica a partir da biomassa da cana.
A suspensão de suas atividades marca uma mudança significativa no cenário agroindustrial paulista e acende alerta sobre os impactos sociais e econômicos na cidade. O sindicato e autoridades locais seguem acompanhando o caso e buscando alternativas para minimizar os danos à comunidade.





