Secretaria de Saúde de Ourinhos confirma quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol e amplia fiscalização em estabelecimentos

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A Secretaria Municipal de Saúde de Ourinhos, por meio do Departamento de Vigilância Sanitária, confirmou nesta segunda-feira, 6, a investigação de quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol atendidos recentemente na Santa Casa de Ourinhos. Mais cedo, o hospital havia informado sobre três ocorrências, mas o número foi atualizado após análise da pasta municipal. O prefeito Guilherme Gonçalves também se manifestou sobre os casos suspeitos.

Os pacientes — um homem de 36 anos e três mulheres de 21, 28 e 33 anos — apresentaram sintomas leves e foram submetidos a exames laboratoriais de rotina, sendo liberados após avaliação médica. Nenhum deles evoluiu para quadro grave. Conforme o protocolo estadual de saúde, amostras de sangue foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, responsável por confirmar a presença de metanol no organismo.

Durante a apuração dos casos, a Vigilância Sanitária Municipal realizou fiscalização no estabelecimento citado nas investigações, mas o local estava fechado no momento da vistoria. Ainda de acordo com a Secretaria, três dos quatro pacientes relataram ter consumido bebidas alcoólicas em cidades do estado do Paraná, que já foram oficialmente notificadas pela Vigilância Epidemiológica de Ourinhos.

As ações de fiscalização seguem orientações técnicas da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que determinam a inspeção de comércios varejistas e atacadistas de bebidas eventualmente relacionados aos casos suspeitos, com possibilidade de apoio da Polícia Civil para apreensão de produtos e encaminhamento à Polícia Científica.

Nos estabelecimentos onde há consumo de bebidas no local, como adegas e bares, pode ser aplicada interdição cautelar total, conforme prevê a Lei Estadual nº 10.083/1998. Já nos locais de distribuição ou revenda, sem consumo imediato, a interdição pode ser parcial, restringindo-se às bebidas destiladas — como gim, vodka, uísque e cachaça. Produtos como cerveja, refrigerantes, sucos e energéticos não são afetados pelas medidas, pois não apresentam risco de contaminação por metanol.
A Secretaria de Saúde reforça que a população deve consumir apenas bebidas de procedência conhecida, com rótulo e selo fiscal, e evitar produtos de origem duvidosa, especialmente destilados vendidos a granel ou em embalagens reaproveitadas.

O caso acende um alerta em toda a região, que segue monitorando possíveis ocorrências relacionadas à intoxicação por metanol, substância altamente tóxica e proibida na fabricação de bebidas alcoólicas.