Socorrista do SAMU que venceu a Covid-19 conta como foi ficar 20 dias em coma induzido na UTI

Já em casa, em Santa Cruz do Rio Pardo, Renato de Oliveira conta que ainda está tomando medicamentos e deve ficar em isolamento até o dia 11 de maio.
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Já em casa depois de 34 dias internado na Santa Casa de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), o motorista socorrista do Samu, Renato de Oliveira, de 35 anos, disse em entrevista ao site G1 que tem poucas lembranças do período em que ficou na UTI após apresentar os sintomas e ser diagnosticado com Covid-19.

Foram 22 dias de tratamento na Unidade de Terapia Intensiva e 20 deles entubado em coma induzido. Renato recebeu alta na segunda-feira (27) sob aplausos da equipe do hospital.

Fora do grupo de risco e sem doenças pré-existentes, Renato não imaginava que poderia desenvolver os sintomas mais graves da doença.

“Por tudo que a gente ouviu ser divulgado sobre os riscos da doença, eu estava fora pela minha idade, eu tenho boa saúde, mas a gente não sabe ao certo como o vírus age. É um inimigo invisível. Acabei desenvolvendo a forma mais agressiva da doença.”

Os sintomas começaram no dia 16 de março após uma viagem para São Paulo e o litoral. Renato conta que primeiro teve só febre e no fim de semana começou a se sentir cansado.

“Foi quando procurei o hospital. Lá já viram na tomografia que o pulmão estava com várias lesões e colheram o exame. Naquele momento, o médico disse que era grave e caso de UTI. Foi um choque”, lembra. Ele foi internado no dia que assinou o contrato de trabalho no Samu da cidade.

Do período que ficou na UTI, Renato só sabe do que contaram para ele depois que foi para o quarto, mas ele acredita que foram os dias mais difíceis para os familiares e também para equipe médica.

“Eu fiquei inconsciente nesse período, mas meus pais, minha namorada, sofreram muito. Os enfermeiros me contaram depois que eram muitas orações porque o quadro era bem grave. Várias pensaram que iam me perder.”

Ao receber alta, Renato foi homenageado da equipe do hospital com uma salva de palmas (veja no vídeo abaixo).

“Eu só tenho a agradecer todo mundo da Santa Casa, os médicos, enfermeiros, o pessoal da limpeza, o tratamento de todos foi essencial para que eu conseguisse superar a doença”, completa.

Informações G1