Suspeita de sarampo em bebê que morreu é descartada em Marília, mas alerta para vacinação continua

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A Prefeitura de Marília, localizada a 90 km de Ourinhos, confirmou nesta quinta-feira que os exames realizados em uma bebê de um ano e dois meses que morreu no último domingo (5) com suspeita de sarampo deram resultado negativo para a doença. A notícia põe fim a dias de apreensão na comunidade, especialmente após a morte da criança ter levantado um alarme sobre o avanço do sarampo na região.

O comunicado oficial da prefeitura informa que o teste para rubéola também foi negativo. Exames complementares seguem em análise no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para determinar a causa da morte de Isabela Bacchi Nascimento. A pequena Isabela frequentava a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Mãe Cristina, que chegou a ter as aulas suspensas por precaução e para desinfecção do ambiente.

A medida de segurança, que incluiu uma campanha de vacinação preventiva para alunos e funcionários na volta às aulas, na última terça-feira (7), reflete a seriedade com que as autoridades lidam com o risco de surtos. Apesar do caso ter sido descartado, a cidade vive um momento de alerta, com 39 casos suspeitos de sarampo em investigação.

A prefeitura de Marília, em nota, reforça a importância da vacina tríplice viral, que é a principal forma de prevenção contra o sarampo. A vacina está disponível em todos os postos de saúde da cidade. Dados do Ministério da Saúde apontam que a cobertura vacinal em Marília ainda não atingiu o ideal, com 86,55% do público-alvo tendo recebido a primeira dose e 73,25%, a segunda.

O perigo do sarampo e a urgência da imunização
O sarampo é uma doença viral extremamente contagiosa, transmitida pelo ar. Seus sintomas incluem febre alta, tosse, conjuntivite e manchas vermelhas que se espalham pelo corpo. A doença não tem tratamento específico e pode levar a complicações graves, como pneumonia e encefalite, especialmente em crianças pequenas. O período de incubação pode variar de oito a 18 dias, e a erupção cutânea característica surge após três a cinco dias do início dos sintomas. A prevenção, portanto, é a única defesa eficaz contra essa ameaça silenciosa.