Trabalhadores da Toyota em Sorocaba aprovam layoff após danos causados por vendaval em fábrica de Porto Feliz

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Os trabalhadores da montadora Toyota, em Sorocaba (SP), aprovaram na manhã deste domingo (28) a proposta de layoff apresentada pela empresa. A decisão foi confirmada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).

De acordo com o sindicato, 96,28% dos trabalhadores votaram favoravelmente. Dos 4.492 aptos, 3.709 participaram da assembleia. O acordo prevê estabilidade no emprego, pagamento integral do Programa de Participação nos Resultados (PPR) e preservação de 100% do salário líquido para quem recebe até R$ 10 mil.

O layoff — suspensão temporária do contrato de trabalho ou redução da jornada, medida alternativa às demissões em massa — entrará em vigor logo após as férias coletivas emergenciais de 20 dias, que começam em 1º de outubro. A partir de 21 de outubro, a medida passa a valer com possibilidade de prorrogação mensal por até 150 dias.

“Mesmo diante das dificuldades, conseguimos assegurar conquistas importantes, como o pagamento integral do PPR e a estabilidade no emprego durante o período do layoff. Esse resultado mostra a confiança da categoria no trabalho do Sindicato e reafirma nosso compromisso com a defesa dos direitos e dos empregos”, destacou Leandro Soares, presidente do SMetal.

A fábrica de Sorocaba, responsável pela montagem dos modelos Corolla, Corolla Cross e Yaris, emprega cerca de 4.500 trabalhadores. A unidade, assim como a planta de Indaiatuba, foi impactada pelo vendaval que atingiu a fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz, na última segunda-feira (22).

Relembre o caso
Na ocasião, Porto Feliz enfrentou rajadas de vento que chegaram a 90 km/h, segundo a Defesa Civil. O fenômeno foi classificado como microexplosão, quando ventos descem em alta velocidade da nuvem de chuva cumulonimbus em direção ao solo.

A força do vento arrancou parte da cobertura da unidade, provocou danos estruturais e assustou funcionários, que chegaram a se abrigar dentro de máquinas para se proteger. O episódio reforçou a necessidade de medidas emergenciais para reorganizar a produção e preservar empregos.