João Neto: Bar do China

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Falar da Vila Boa Esperança é falar de gente do bem, de grandes nomes e grandes famílias.

É falar de um povo trabalhador que, invariavelmente, subia a Cardoso Ribeiro para laborar em outros bairros da cidade. 

A Boa Esperança do Corintinha, da Serralheria do Leide, da Sanbra, da Passarela da Raposo Tavares e da Neva (maior pen drive do mundo).

A Sanbra foi, por anos, o maior empregador de Ourinhos, além disso, formou grandes profissionais em diversas áreas!

Porém, penso que o verdadeiro patrimônio histórico da Boa Esperança é o "Bar do China".

Nascido no bairro, China iniciou atividade em 1980 na Cardoso Ribeiro... Em 1989 construiu prédio próprio onde está até hoje.

Dizem que o Bar do China deveria se chamar "Bar dos Amigos".

Outro dia alguém me disse que o Bar do China carrega uma magia indescritível, lugar de amigos verdadeiros, lugar de aconchego.

Talvez todos estejam certos, pois o Velho China era um baita boa praça, agregador e parceiraço.

Sim, o Velho China partiu para o andar de cima, faz pouco tempo, mas com certeza já reencontrou os amigos que antes partiram.

Não duvidem: O Velho China já montou um bar no céu, onde reúne o pessoal para altos papos, boas risadas e grandes cantorias!

Foi-se o homem, ficou a lenda!

José Luiz Soares, mais conhecido como "Chinão", proprietário do “Bar do China”, localizado na esquina das Ruas Fernando Prestes e Sud Minucci, na Vila Boa Esperança. Chinão era muito ligado ao futebol amador de Ourinhos e tinha muitos conhecidos na cidade. Ele faleceu em Ourinhos, no dia 30 de maio de 2021. (Foto: Rudney Soares - filho do China)

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Este texto é do escritor João Neto, um escritor do cotidiano, foi rotulado, pelo crítico Lau Pacheco, como "piloto da caravela da saudade", em virtude do resgate de momentos vividos na infância e adolescência em Ourinhos. 

Após ter seu conto "Ainda Bem Que Você Veio" viralizado nas redes sociais, ficou conhecido em todo o Brasil. Publicou seu primeiro livro de contos e crônicas em 2019.

João Candido da Silva Neto nasceu em Santa Cruz do Rio Pardo (SP) e veio para Ourinhos com 7 anos em 1967. Ele atuou na COPEL (Cia Paranaense de Energia) onde aposentou-se em 2019. Em 2012 se tornou escritor, tendo seus contos e crônicas publicados semanalmente na Folha de Londrina.