Quase um ano após a matéria publicada pelo Passando a Régua, mostrando o início da construção irregular de novas sepulturas no Cemitério Municipal de Ourinhos e a revolta de moradores vizinhos, muita coisa mudou e pirou no local. Hoje os jazigos irregulares se multiplicaram e não são apenas 20 e sim mais de 50. Não há nenhuma manifestação do poder público com relação ao problema. (confira o vídeo abaixo e diversas imagens ao final da matéria)
Os moradores do Jardim Flórida, bairro onde está o cemitério, chegaram a fazer um abaixo assinado e questionavam a proximidade das novas sepulturas com a divisa das casas.
De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), os cemitérios horizontais precisam fazer com que o fundo das sepulturas tenham uma distância mínima de 1,5 m do aquífero. Outra determinação é que exista um recuo de 5 metros entre os muros do cemitério e o início da colocação dos jazigos, o que está sendo observado.
O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos destacou que desde de sua inauguração em 1928, o Cemitério Municipal de Ourinhos não tem licença ambiental expedida pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
O que já foi falado pela atual administração
Procuramos a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno.
Em junho do ano passado, quando fizemos a matéria mostrando o absurdo das novas sepulturas, a Prefeitura chegou a falar que estava sendo liberada uma nova área para mil sepulturas, porém meses se passaram e nada mais foi falado.
No final de agosto, a Prefeitura de Ourinhos chegou a contratar sem licitação uma empresa especializada para realização de levantamento geológico e licenciamento ambiental para ampliação do Cemitério Municipal de Ourinhos”. O valor do contrato foi de R$ 29.300,00 (vinte e nove mil e trezentos reais), para o período: 45 (quarenta e cinco) dias. Porém o estudo não foi divulgado.
Confira imagens das construções abaixo: