Um ano após ser condenado a 17 anos de prisão pelo assassinato de Adolfo Guilherme Mingroni Alves, o “Casquinha”, crime ocorrido em 2019, o açougueiro Hudson de Paula Lima, de 51 anos, volta ao banco dos réus nesta quinta-feira, 29, em Ourinhos (SP). Desta vez, ele será julgado pela tentativa de homicídio contra sua companheira, Indianara A. de O. A., de 28 anos, em um caso registrado em dezembro de 2022.
O julgamento acontece no Tribunal do Júri de Ourinhos, a partir das 9h. Hudson responde agora por tentativa de feminicídio e por uso de arma branca, em um caso marcado por extrema violência.
O crime de 2022
De acordo com o inquérito da Polícia Civil, na noite de 3 de dezembro de 2022, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de briga entre casal, na Rua João Maria Camargo, na Vila Musa. Ao chegarem no local, os policiais encontraram o portão trancado com cadeado, mas ouviram gritos de socorro vindos do interior da casa. Após arrombarem o cadeado, se depararam com Indianara despida, ensanguentada e com ferimentos graves, entre eles um dedo decepado e um corte profundo na cabeça.
Indianara foi socorrida pelo SAMU e levada em estado grave para a Santa Casa de Ourinhos. Ela relatou que Hudson a agrediu com puxões de cabelo, socos e facadas, após acusá-la de conversar com outro homem pelo celular. Segundo seu depoimento, o agressor ainda trancou o portão, impediu sua saída e tentou atingi-la no rosto com uma faca, golpe que acabou atingindo sua mão. Mesmo caída, Hudson teria continuado a agredi-la com chutes, ofensas e ainda ligado uma mangueira para jogar água sobre seu corpo machucado.
Contradições no depoimento do réu
Em interrogatório, Hudson alegou que Indianara teria se cortado sozinha com a faca após uma discussão, e que ele apenas tentou desarmá-la. Disse ainda que ela teria caído e se ferido ao bater no muro. Negou as agressões, embora testemunhas tenham ouvido os gritos da vítima e sons compatíveis com objetos sendo arremessados e pancadas.
Testemunhas e provas
Vizinhos e familiares confirmaram que ouviram os pedidos de socorro e relataram episódios anteriores de violência entre o casal. Uma das testemunhas, vizinha de parede da residência, afirmou ter visto Indianara com o rosto coberto de sangue e o dedo pendurado por um “fio de pele”.
A Polícia Militar encontrou facas na casa e ouviu ameaças e xingamentos do réu mesmo após sua detenção. Por se tratar de tentativa de feminicídio, a fiança foi negada e Hudson foi encaminhado à Cadeia Pública de São Pedro do Turvo.
Punição para tentativa de homicídio
Segundo o Código Penal Brasileiro, a tentativa de homicídio prevê pena de reclusão de 4 a 13 anos, com base na pena do homicídio consumado (6 a 20 anos), reduzida de um a dois terços, conforme a proximidade da consumação do crime.
Hudson já cumpre pena pela condenação de 2024, referente ao homicídio ocorrido em 2019, e agora pode ter sua pena significativamente ampliada, caso seja condenado novamente.
O julgamento acontece no Tribunal do Júri de Ourinhos, a partir das 9h. Hudson responde agora por tentativa de feminicídio e por uso de arma branca, em um caso marcado por extrema violência.
O crime de 2022
De acordo com o inquérito da Polícia Civil, na noite de 3 de dezembro de 2022, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de briga entre casal, na Rua João Maria Camargo, na Vila Musa. Ao chegarem no local, os policiais encontraram o portão trancado com cadeado, mas ouviram gritos de socorro vindos do interior da casa. Após arrombarem o cadeado, se depararam com Indianara despida, ensanguentada e com ferimentos graves, entre eles um dedo decepado e um corte profundo na cabeça.
Indianara foi socorrida pelo SAMU e levada em estado grave para a Santa Casa de Ourinhos. Ela relatou que Hudson a agrediu com puxões de cabelo, socos e facadas, após acusá-la de conversar com outro homem pelo celular. Segundo seu depoimento, o agressor ainda trancou o portão, impediu sua saída e tentou atingi-la no rosto com uma faca, golpe que acabou atingindo sua mão. Mesmo caída, Hudson teria continuado a agredi-la com chutes, ofensas e ainda ligado uma mangueira para jogar água sobre seu corpo machucado.
Contradições no depoimento do réu
Em interrogatório, Hudson alegou que Indianara teria se cortado sozinha com a faca após uma discussão, e que ele apenas tentou desarmá-la. Disse ainda que ela teria caído e se ferido ao bater no muro. Negou as agressões, embora testemunhas tenham ouvido os gritos da vítima e sons compatíveis com objetos sendo arremessados e pancadas.
Testemunhas e provas
Vizinhos e familiares confirmaram que ouviram os pedidos de socorro e relataram episódios anteriores de violência entre o casal. Uma das testemunhas, vizinha de parede da residência, afirmou ter visto Indianara com o rosto coberto de sangue e o dedo pendurado por um “fio de pele”.
A Polícia Militar encontrou facas na casa e ouviu ameaças e xingamentos do réu mesmo após sua detenção. Por se tratar de tentativa de feminicídio, a fiança foi negada e Hudson foi encaminhado à Cadeia Pública de São Pedro do Turvo.
Punição para tentativa de homicídio
Segundo o Código Penal Brasileiro, a tentativa de homicídio prevê pena de reclusão de 4 a 13 anos, com base na pena do homicídio consumado (6 a 20 anos), reduzida de um a dois terços, conforme a proximidade da consumação do crime.
Hudson já cumpre pena pela condenação de 2024, referente ao homicídio ocorrido em 2019, e agora pode ter sua pena significativamente ampliada, caso seja condenado novamente.





