A UMMES (União dos Municípios da Média Sorocabana) realizou na manhã desta quinta-feira, 22, no Teatro Municipal de Ourinhos “Miguel Cury”, uma reunião para discutir e já definir detalhes da compra de 500 mil doses da vacina contra a Covid-19. Porém ao final do encontro ainda ficaram pendentes alguns acertos com relação a viabilidade financeira e toda a burocracia da compra, que será feita através de uma empresa internacional. (CONFIRA ACIMA O ÁUDIO DE UM TRECHO DA COLETIVA)
A UMMES recebeu uma oferta e está com um contrato pré-estabelecido com uma empresa árabe HiLAL GRUP, para o fornecimento de 500 mil doses de vacinas da AstraZeneca, ao valor de US$9,75 (dólares). A reunião de hoje (22) contou com o representante desta empresa no Brasil, André Oliveira, que respondeu às dúvidas dos prefeitos presentes. Depois da fala do representantes foi aberta a participação da imprensa.(CONFIRA ACIMA O ÁUDIO DE UM TRECHO DA COLETIVA)
A reunião teve a presença dos prefeitos das cidades de São Pedro do Turvo, Marquinho Pinheiro (PSDB), que é o presidente da UMMES, de Ourinhos, Lucas Pocay (PSD), de Salto Grande, Mário Luciano Rosa (PL), de Ipaussu, Serginho (PSDB), de Bernardino de Campos, Wilson José Garcia (PL), de Óleo, Jordão Antônio Vidoto (PSDB) e o prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo, Diego Singolani Costa (PSD), de Chavantes, Márcio Burguinha (PSDB), de Ibirarema Camachinho (PSD), de Ribeirão do Sul, Salma (MDB), de Timburi, Silvinho (MDB), de Espírito Santo do Turvo, Dr. Afonso (MDB), Canitar, Joel (Cidadania), além do prefeito de Quatá, Marcelo Pecchio (PSD), que não faz parte da UMMES, mas está interessado em se juntar para a compra das vacinas.
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De acordo com o prefeito Marquinho Pinheiro, para conseguir comprar as vacinas, a UMMES precisará levantar a quantia mínima de R$27 milhões de reais, que corresponde ao valor convertido de US$4.875.000,00 (dólares), que é o valor total das 500 mil doses da AstraZeneca. Ele acredita que, só com os municípios da UMMES, não será possível chegar a este valor e por isso a UMMES está aceitando o apoio de outras cidades, consórcios e empresários, que queiram também contribuir com valores para alcançar a quantia. Inclusive a reunião contou com a presença do consórcio de municípios do Norte do Paraná, que está interessado em participar desta compra e empresários que também têm o interesse de entrar no “rateio” para imunizar os seus funcionários.
Toda esta parte burocrática ainda está em formação, não havendo uma data para a definição e nem mesmo para a chegada das vacinas. Mas, de acordo com a UMMES, assim que a compra for oficializada, a entrega das vacinas aconteceria em até 20 dias. Também ainda não foi informado qual seria o valor pago por cada município e como será feita a divisão dos imunizantes.
Marquinho foi categórico em dizer que antes de receber as vacinas e garantir que estes imunizantes são autênticos, nenhum valor será repassado para a empresa. Ele também rechaçou informações que dão conta que a empresa "Hilal Grup" se trata apenas de uma empresa de construção civil, com sede em Istambul na Turquia, sem aparentemente possuir qualquer vínculo com importação de medicamentos. Segundo Marquinho, a empresa, além atuar com a construção civil, também teria a autorização para realizar a comercialização de produtos farmacêuticos, como vacinas e por isso está bem tranquilo com relação a isso.
Marquinho também garantiu que a empresa em questão não tem nenhuma relação com a empresa que foi alvo de uma operação da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, após oferecer doses da vacina de Oxford/AstraZeneca a pelo menos 20 prefeituras de todo o Brasil (veja mais abaixo). Ele garantiu que todo cuidado está sendo tomado, até porque nenhum valor será depositado na conta da empresa sem que a UMMES receba os imunizantes antes.
Porém algo que ainda não foi esclarecido é o fato de que as vacinas da AstraZeneca estão todas destinadas a consórcios internacionais e a governos de países e não há doses remanescentes para serem comercializadas com empresas ou mesmo com estados e municípios.
Única esperança
Os prefeitos da região estão depositando todas as suas esperanças na compra de vacinas. É unânime a opinião de que não tem outra forma de reduzir os casos de Covid em suas cidades. O número de mortes só aumenta e a oferta de leitos já não existe. Os dez leitos de UTI (Unidade de terapia Intensiva) que foram anunciados para a cidade de Ourinhos não deverão chegar tão cedo, principalmente pela falta de insumos e profissionais, problema que é nacional. Com isso os prefeitos voltaram a pedir para que as pessoas evitem aglomeração e tenham uma maior consciência de higiene, para que seja possível controlar os casos.
Ainda foi detacado que a Santa Casa de Ourinhos tem insumos suficientes para apenas cinco dias e a própria Santa Casa de Ourinhos disse não ter condições de receber esses novos leitos, sem garantir os insumos necessários primeiro.
Saiba sobre o Golpe de oferta de vacinas no Rio de Janeiro

Policiais cumprem mandado em sala dentro de empresarial na Zona Norte do Recife,
nesta quinta-feira (22), dentro de operação que investiga golpe de oferta de vacina contra Covid
— Foto: PRF/Divulgação
Uma empresa que ofereceu doses da vacina de Oxford/AstraZeneca a pelo menos 20 prefeituras de todo o Brasil é alvo de uma operação nesta quinta-feira (22). A Polícia Civil do RJ afirma se tratar de um golpe.
Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Pernambuco, expedidos pelo juiz Bruno Monteiro Ruliere, da 1ª Vara Criminal Especializada do RJ, na Operação Sine Die — sem data, em latim.
Segundo a Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do RJ, a Montserrat Consultoria, com sede no Recife (PE), dizia ter um lote de meio bilhão de doses do imunizante, a US$ 7,90 (R$ 44) cada uma — mas que jamais seriam entregues.
A delegacia ainda não sabe se algum município chegou a pagar à organização. A operação policial precisou ser antecipada para evitar que alguma negociação fosse concluída e que provas fossem destruídas.
Consulado alertou para fraude
“Nas reuniões com os prefeitos, eles se passavam por representantes da Ecosafe Solutions, na Pensilvânia (EUA). Eles alegavam que essa empresa americana recebeu 500 milhões de doses por ter financiado os estudos da vacina”, explicou o delegado Thales Nogueira.
Na decisão que expediu os mandados, Ruliere destacou que a Oxford/Astrazeneca não realizou qualquer transação de venda de imunizantes para o mercado privado e entes municipais ou estaduais.
As informações são do site G1





