O Governo de São Paulo divulgou nesta segunda-feira, 28, a lista das 100 escolas públicas estaduais que adotarão o modelo cívico-militar a partir do dia 28 de julho. Entre as unidades selecionadas está a Escola Estadual Professora Justina de Oliveira Gonçalves, de Ourinhos (SP), a única da cidade incluída nesta primeira fase de implementação.
O anúncio acelera a adoção do modelo, inicialmente prevista apenas para 2026. Em março, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu acelerar a implementação já para 2025 e aumentar o número de escolas de 45 para 100. Cerca de 300 colégios passaram por consultas públicas desde março e, dessas, 100 foram escolhidas.
No ano passado, os diretores dessas 300 escolas manifestaram interesse em adotar o modelo. Puderam votar três grupos da comunidade escolar: 1) mãe, pai ou responsável pelos alunos menores de 16 anos de idade; 2) estudantes a partir de 16 anos de idade, ou seus familiares, em caso de abstenção de alunos dessa faixa etária — neste caso, vale apenas um voto por família; 3) professores e outros profissionais da equipe escolar.
As escolas selecionadas, incluindo a Justina, terão apoio de policiais militares da reserva que atuarão como monitores responsáveis pela disciplina na entrada, saída e intervalos dos alunos, além de participarem de projetos educativos extracurriculares e ações de busca ativa de estudantes em risco de evasão.
Segundo o governo, o currículo pedagógico não será alterado, e a atuação dos militares será restrita à área disciplinar e à organização do ambiente escolar. Cada escola contará com ao menos um monitor militar e um coordenador, também oriundo da Polícia Militar, ambos subordinados à direção da unidade.
Como será o novo modelo?
No novo formato, os PMs não poderão portar armas dentro das escolas e seguirão regras específicas: acompanhar a frequência dos estudantes, monitorar horários de entrada e saída, e assegurar o cumprimento de normas de comportamento. O regimento interno estabelece, por exemplo, que os alunos deverão bater continência para professores e monitores, usar uniformes obrigatórios com identificação e adotar cortes de cabelo considerados adequados, como o estilo "meia cabeleira" para meninos e cabelos presos para meninas.
Infrações às normas serão registradas em um sistema de créditos: os estudantes começam o ano letivo com cinco créditos, que poderão ser descontados conforme o descumprimento das regras — como o uso de piercings, cabelos coloridos ou atrasos frequentes.
As punições variam de advertências verbais a, em casos mais graves e recorrentes, a solicitação de transferência para outra unidade escolar.

Uniformes que deverão ser adotados
Contexto e judicialização
A implementação do modelo cívico-militar em São Paulo havia sido suspensa em agosto de 2024, mas uma decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o prosseguimento do programa em novembro do mesmo ano. O plenário do STF ainda deve analisar a constitucionalidade definitiva do modelo no início de maio.
A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) aumentou o número inicial de escolas participantes de 45 para 100. A escolha se baseou em consultas públicas realizadas entre março e abril de 2025, envolvendo professores, funcionários, pais e alunos maiores de 16 anos.
O investimento destinado às novas escolas cívico-militares será equivalente ao já previsto para as escolas regulares. O custo adicional para contratação dos monitores militares deve ser de aproximadamente R$ 7,2 milhões para as 100 unidades.
Especialistas criticam
Apesar da adoção acelerada do modelo, especialistas em educação alertam que não há evidências de que a presença militar melhore o desempenho acadêmico dos alunos. Críticos argumentam que o modelo tende a reforçar padrões excludentes, dificultando a inclusão de estudantes em situação de vulnerabilidade e mascarando desafios reais da rede pública.
Escolas no interior ganham destaque
Entre as 100 escolas selecionadas, a maioria está localizada em cidades do interior paulista — como Marília, Bauru, Avaré, Garça, Dracena, Junqueirópolis, Araçatuba e agora Ourinhos —, enquanto apenas duas estão na capital. A inclusão da Escola Professora Justina de Oliveira Gonçalves reforça o protagonismo do interior na proposta do governo estadual para a educação pública.
Confira a relação completa:
O anúncio acelera a adoção do modelo, inicialmente prevista apenas para 2026. Em março, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu acelerar a implementação já para 2025 e aumentar o número de escolas de 45 para 100. Cerca de 300 colégios passaram por consultas públicas desde março e, dessas, 100 foram escolhidas.
No ano passado, os diretores dessas 300 escolas manifestaram interesse em adotar o modelo. Puderam votar três grupos da comunidade escolar: 1) mãe, pai ou responsável pelos alunos menores de 16 anos de idade; 2) estudantes a partir de 16 anos de idade, ou seus familiares, em caso de abstenção de alunos dessa faixa etária — neste caso, vale apenas um voto por família; 3) professores e outros profissionais da equipe escolar.
As escolas selecionadas, incluindo a Justina, terão apoio de policiais militares da reserva que atuarão como monitores responsáveis pela disciplina na entrada, saída e intervalos dos alunos, além de participarem de projetos educativos extracurriculares e ações de busca ativa de estudantes em risco de evasão.
Segundo o governo, o currículo pedagógico não será alterado, e a atuação dos militares será restrita à área disciplinar e à organização do ambiente escolar. Cada escola contará com ao menos um monitor militar e um coordenador, também oriundo da Polícia Militar, ambos subordinados à direção da unidade.
Como será o novo modelo?
No novo formato, os PMs não poderão portar armas dentro das escolas e seguirão regras específicas: acompanhar a frequência dos estudantes, monitorar horários de entrada e saída, e assegurar o cumprimento de normas de comportamento. O regimento interno estabelece, por exemplo, que os alunos deverão bater continência para professores e monitores, usar uniformes obrigatórios com identificação e adotar cortes de cabelo considerados adequados, como o estilo "meia cabeleira" para meninos e cabelos presos para meninas.
Infrações às normas serão registradas em um sistema de créditos: os estudantes começam o ano letivo com cinco créditos, que poderão ser descontados conforme o descumprimento das regras — como o uso de piercings, cabelos coloridos ou atrasos frequentes.
As punições variam de advertências verbais a, em casos mais graves e recorrentes, a solicitação de transferência para outra unidade escolar.

Uniformes que deverão ser adotados
Contexto e judicialização
A implementação do modelo cívico-militar em São Paulo havia sido suspensa em agosto de 2024, mas uma decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o prosseguimento do programa em novembro do mesmo ano. O plenário do STF ainda deve analisar a constitucionalidade definitiva do modelo no início de maio.
A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) aumentou o número inicial de escolas participantes de 45 para 100. A escolha se baseou em consultas públicas realizadas entre março e abril de 2025, envolvendo professores, funcionários, pais e alunos maiores de 16 anos.
O investimento destinado às novas escolas cívico-militares será equivalente ao já previsto para as escolas regulares. O custo adicional para contratação dos monitores militares deve ser de aproximadamente R$ 7,2 milhões para as 100 unidades.
Especialistas criticam
Apesar da adoção acelerada do modelo, especialistas em educação alertam que não há evidências de que a presença militar melhore o desempenho acadêmico dos alunos. Críticos argumentam que o modelo tende a reforçar padrões excludentes, dificultando a inclusão de estudantes em situação de vulnerabilidade e mascarando desafios reais da rede pública.
Escolas no interior ganham destaque
Entre as 100 escolas selecionadas, a maioria está localizada em cidades do interior paulista — como Marília, Bauru, Avaré, Garça, Dracena, Junqueirópolis, Araçatuba e agora Ourinhos —, enquanto apenas duas estão na capital. A inclusão da Escola Professora Justina de Oliveira Gonçalves reforça o protagonismo do interior na proposta do governo estadual para a educação pública.
Confira a relação completa:
- Alfredo Machado - Dracena
- Prof. Geraldo Pecorari - Junqueirópolis
- João Brásio - Panorama
- Profa Silvania Aparecida Santos - Nova Odessa
- Francisco Teodoro De Andrade - Andradina
- Profa Vaniole Dionysio Marques Pavan - Aracatuba
- João Michelin - Itaí
- Dona Maria Izabel Cruz Pimentel - Avaré
- Doutor Wilquem Manoel Neves - Olímpia
- Prof Morais Pacheco - Bauru
- Professora Esmeralda Milano Maroni - Birigui
- Professor Manoel Ferraz - Bom Jesus Dos Perdões
- Professor Marcos Antônio da Silva Guimaraes - Bragança Paulista
- Padre Mateus Nunes De Siqueira - Atibaia
- Professora Mathilde Teixeira De Moraes - Bragança Paulista
- Narciso Pieroni - Socorro
- Albino Fiore - Caieiras
- Arthur Weingrill - Mairiporã
- Eliseu Narciso Reverendo - Campinas
- Professor Messias Gonçalves Teixeira - Campinas
- Antônio Alves Bernardino - Caraguatatuba
- Professora Maísa Theodoro da Silva - São Sebastiao
- Basílio Bosniac - Carapicuíba
- Deputado Salomão Jorge - Carapicuíba
- Joaquim Alves Figueiredo - Catanduva
- Pedro Teixeira de Queiroz - Novo Horizonte
- Professor Vitorino Pereira - Catanduva
- Professor Lourenço Filho - São Paulo
- Libero De Almeida Silvares - Fernandópolis
- Tonico Barão - General
- Prof Antônio Fachada - Franca
- Prof Abrao Benjamim - Cruzeiro
- Profa Leonor Guimarães - Piquete
- Padre Antônio Velasco Aragon - Guarulhos
- Professora Dona Belinha Izabel Ferreira Dos Santos - Guarulhos
- Bairro Das Palmeiras - Juquitiba
- Jardim Do Carmo - Itapecerica Da Serra
- Prof Alceu Gomes Da Silva - Itapetininga
- PEI EE Jeminiano David Muzel - Itapeva
- Dorvalino Abílio Teixeira - Jandira
- Professor Lênio Vieira De Moraes - Barueri
- Amália Maria Dos Santos - Itaquaquecetuba
- Professora Esther Carpinelli Ribas - Itararé
- Professora Dinah Lucia Balestrero - Brotas
- Professora Esmeralda Leonor Furlani Calaf - Pederneiras
- Professor João Batista Curado - Jundiaí
- Maria Gertrudes Cardoso Rebello Irma - Limeira
- Doutor Paulo De Almeida Nogueira - Cosmópolis
- Fernando Costa - Lins
- Prof Benito Martinelli - Marília
- Profa Lydia Yvone Gomes Marques - Garça
- Euryclides De Jesus Zerbini - Mogi Das Cruzes
- Thimoteo Van Den Broeck Frei - Mogi Das Cruzes
- São Judas Tadeu - Mogi Mirim
- Professora Anilza Pioli - São Paulo
- Professor Gastão Ramos - Osasco
- Rosa Bonfiglioli - Osasco
- Professora Justina De Oliveira Goncalves - Ourinhos
- Professor Rubens Zamith - Pindamonhangaba
- Professor Abigail De Azevedo Grillo - Piracicaba
- Edson Rontani - Piracicaba
- Professor Paulo De Barros Ferraz - Pirassununga
- Professora Yolanda Salles Cabianca - Araras
- Coronel João Gomes Martins - Martinópolis
- Teófilo Gonzaga Da Santa Cruz - Presidente Prudente
- Antônio Duarte De Castro - Jacupiranga
- Koki Kitajima - Registro
- Professora Mary Azevedo De Carvalho - Cajati
- Professor Milcio Bazoli - Pariquera-Açu
- Plácido De Paula e Silva - Sete Barras
- Antônio Marinho De Carvalho Filho - Presidente Venceslau
- Professor Adamastor De Carvalho - Santo André
- Professor Ovídio Pires De Campos - Santo André
- Archimedes Bava Professor - Bertioga
- Lincoln Feliciano - Cubatão
- Professor Arlindo Bittencourt - São Carlos
- Edda Cardozo De Souza Marcussi - São Joaquim Da Barra
- Professora Alzira Salomão - Nova Granada
- Professor Octacílio Alves De Almeida - São José do Rio Preto
- Valencio Soares Rodrigues - Vargem Grande Paulista
- Dagoberto Nogueira Da Fonseca - Itanhaém
- Professora Josepha Castro - Pontal
- Orminda Guimaraes Cotrim - Pitangueiras
- Professor Jorge Madureira - Sorocaba
- Professor Lauro Sanchez - Sorocaba
- Marinalva Gimenes Colossal Da Cunha - Sumaré
- Yasuo Sasaki - Hortolândia
- Professora Lândia Santos Batista - Ferraz de Vasconcelos
- Eduardo Vaz Doutor - Embu Das Artes
- Profa Carmela Morano Previdelli - Taquaritinga
- Prof Sebastião Francisco Ferraz De Arruda - Itápolis
- Newton Câmara Leal Barros - Taubaté
- Professora Luciana Damas Bezerra - Caçapava
- Índia Vanuíre - Tupã
- José Giorgi - Rancharia
- Bairro Do Turvo - Tapiraí
- Professora Maria Paula Ramalho Paes - Piedade
- Professor Pedro Augusto Rangel Filho - Votorantim
- Pedro Pedrosa - Nhandeara
- Profa Sarah Arnoldi Barbosa - Votuporanga