Identificadas as vítimas do incêndio que matou sete detentos na penitenciária de Marília

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Foram confirmadas as identidades dos sete detentos mortos no incêndio que atingiu o setor de inclusão da Penitenciária de Marília, no interior de São Paulo, na tarde desta terça-feira (25). O incêndio também deixou 12 pessoas feridas, entre presos e agentes penitenciários. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou as informações.

Segundo a SAP, o fogo começou após um detento atear fogo aos próprios pertences dentro da unidade. A fumaça tóxica se espalhou rapidamente pelos corredores, causando morte por inalação de gases em sete internos.

VÍTIMAS IDENTIFICADAS
A SAP confirmou a identificação dos detentos que morreram no incêndio. São eles:
  • Doildo Diego Pires, 35 anos
  • Wallace Ferreira dos Reis, 22 anos
  • Charles Andrey Souto Silva, 44 anos
  • Wender Felipe Maciel, 25 anos
  • Matheus Gregorio da Silva, 22 anos
  • Caio Vinicius Oliveira, 33 anos
  • Thiago Nascimento de Oliveira, 25 anos
FERIDOS E ATENDIMENTOS
A Prefeitura de Marília informou que 20 atendimentos médicos foram realizados, com internações distribuídas em diferentes unidades de saúde da cidade:
  • Hospital das Clínicas (HC): 4 pacientes — 2 mortes e 2 em estado grave
  • Santa Casa: 3 pacientes — todos graves e intubados
  • UPA Norte: 5 pacientes — 4 casos leves e 1 moderado
  • UPA Sul: 3 casos leves
  • Local do incêndio: 5 mortes identificadas inicialmente
No total, conforme o boletim de ocorrência, ficaram feridos 5 agentes penitenciários e 7 presos, além das vítimas fatais.

A SAP informou que, na madrugada desta quarta-feira (26), dois presos receberam alta médica e retornaram à penitenciária. Outros cinco internos continuam internados. Os policiais penais também já receberam alta.

COMO FOI O COMBATE AO INCÊNDIO
Policiais penais realizaram o primeiro combate às chamas antes da chegada do Corpo de Bombeiros e das equipes do SAMU. A operação contou com apoio do Baep e da Força Tática, que auxiliaram na evacuação e no socorro às vítimas.

ESTRUTURA E INVESTIGAÇÃO
A SAP informou que instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias do incêndio e acompanha as famílias das vítimas. Segundo o Sindicato dos Policiais Penais, a unidade opera acima da capacidade e enfrenta problemas estruturais.

Em entrevista ao g1, Luciano Carneiro, diretor regional do sindicato, destacou que o prédio é antigo e apresentou falhas que podem ter contribuído para a rápida propagação da fumaça. Ele também ressaltou o esforço dos servidores durante o resgate, o que resultou em seis agentes feridos.

QUESTÕES AINDA SEM RESPOSTA
As autoridades ainda buscam esclarecer:
  • O que motivou o detento a iniciar o incêndio;
  • Se houve falhas estruturais ou operacionais que facilitaram a propagação da fumaça;
  • Quem deverá ser responsabilizado após a conclusão da investigação da SAP.
A Prefeitura de Marília afirmou que acompanhou toda a operação de atendimento, ativou o plano de contingência e garantiu suporte às unidades de saúde envolvidas.